quinta-feira, 16 de setembro de 2010

LIVRO: Um Governo na Floresta, de Nilson Silva

A mudança no aspecto político partidário do Estado do Acre que ocorreu com a ascensão do PT acriano, as realizações do governo, a sua hegemonia política e as estratégias de inserção no movimento ecológico foram temas apresentados nesse texto. Eles nos levaram a indagações sobre a capacidade que os governos eleitos com forte apelo popular e um discurso político progressista, possuem de realizar por meio da política partidária, as transformações necessárias nas realidades sociais das quais eles emergem. A floresta que cobre o território acriano foi o cenário. Os índios remanescentes das populações tribais que habitavam o Acre, os seringueiros e as lideranças que surgiram com a luta desses povos e outras que se formaram no interior do quadro político partidário produziram um governo que se autodenominou como governo da floresta. Este é um texto que buscou compreender qual o alcance desse termo e as suas implicações no processo de compreensão da política na Amazônia, e as alternativas para uma convivência equilibrada dos homens com a natureza e os governos. A inclusão das complexas relações dos homens com o espaço da floresta faria com que um governo da floresta não se resumisse em um governo sobre a floresta, mas um governo de homens, plantas, animais, insetos, micro-organismos e de toda a biodiversidade existente nesse espaço

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

UFAC: o retorno da razão cínica do “desenvolvimento” e do “avanço” para lugar nenhum

Por Gerson Rodrigues de Albuquerque, professor doutor da UFAC.

“Começamos a viver mais um capítulo na história da conquista definitiva da Amazônia. No setentrião do Brasil, o presidente Médici assiste ao início da construção da Estrada Perimetral Norte. Após o hasteamento da bandeira nacional e o descerramento da placa foi derrubada uma imensa árvore, símbolo do desbravamento da terra”.

Com essas palavras o locutor oficial do Programa de Propaganda “Brasil Hoje”, em sua edição 36, datada do dia 29 de julho de 1973, anunciava o início de um dos mais drásticos processos de violências contra os diferentes grupos humanos e ecossistemas da região. A Perimetral Norte tinha como ponto de partida as “encostas do Tumucumaque”, nas margens do Atlântico, atravessando “todo o vasto setentrião do Brasil”, até os limites da insanidade “modernizante e desenvolvimentista” dos militares que sabotaram o estado de direito no Brasil, por mais de 20 anos.

A obsessão pelo desbravamento estava sempre acompanhada da retórica da “melhoria da qualidade de vida” e do “progresso” para a Amazônia e seus habitantes. “Acelera Brasil”, “Avança Brasil”, “Este é um país que vai pra frente”, “Integração nacional”, entre outros, sempre foram os slogans instilados no imaginário de todos pela propaganda oficial em rádios, revistas, jornais, TVs, livros e programas escolares.

A derrubada de uma imensa árvore, como símbolo trágico do “desbravamento da terra”, de forma sintomática dava a tônica do propósito governamental de “conquistar a Amazônia, ocupando com trabalho e audácia mais esta imensa região do solo pátrio”, segundo o que ficara registrado na placa de bronze da “pedra fundamental”, descerrada por Médici para a abertura da Perimetral Norte.

Passados 37 anos daquele fatídico 29 de julho, somos conhecedores dos drásticos resultados de tal “desbravamento”, “modernização”, “integração”, “progresso”, “avanço”. No plano estratégico, os discursos governamentais, empresariais e “científicos” situavam a Amazônia como a “última fronteira agrícola”, o “celeiro do Brasil”, para justificar a “integração do pulmão do mundo”. Margeando esse palavrório, o Acre, no alvo da “frente de expansão da pecuária”, aparecia como a “terra prometida do desenvolvimento”, um “nordeste sem secas”, um “sul sem geadas”. Depois vieram outras pérolas do tipo “Acre: filé mignon da Amazônia” e, mais recentemente, com as miríades do “manejo madeireiro”, esse Estado passou a ser tecido - pela linguagem dos que detém o controle da máquina pública e da mídia - como “predestinado” a garantir seu “desenvolvimento” tendo como base a “exploração racional” de suas florestas e a exportação de madeira para o mercado nacional e internacional.

Todo esse “passado morto e enterrado”, como dizem os que gostam de ocultar o sol com a peneira, me veio à mente ao visitar os estragos e a verdadeira devassa implementada pela administração superior da Universidade Federal do Acre, com a abertura de uma estrada em parte significativa do Parque Zoobotânico (PZ) dessa instituição. A finalidade dessa devastação foi o “lançamento da pedra fundamental”, em 17 de agosto último, do “Centro de Excelência em Energia do Acre (CEEAC)”.

Não me parece coincidência que esse “centro” que, antes de nascer, já é de “excelência”, tenha tido seu lançamento marcado pela tradicional pompa do descerramento de uma “placa inaugural” e pela velha megalomania dos projetos e políticas gestadas em gabinetes externos à Ufac para “potencializar o desenvolvimento regional”. No entanto, as manifestações públicas da reitora, Olinda Batista, e do seu vice-reitor, Pascoal Muniz, não poderiam ter deixado de pontuar que a participação da universidade que dirigem, na criação desse centro, sequer foi discutida no âmbito do Conselho Universitário, colegiado máximo de deliberação e responsável pela definição das políticas institucionais.

O CEEAC é fruto de um Acordo de Cooperação Técnica entre a Eletrobrás, a Ufac e um grupo de outros consórcios e empresas, dentre os quais é preciso destacar a Santo Antonio Energia S.A. que está à frente do Complexo Hidrelétrico do Madeira, responsável por danos incalculáveis à diversidade biológica e sociocultural de um dos mais importantes afluentes do rio Amazonas; a Siemens, Alstom, Andritz Hidro, e Voith Hydro, empresas multinacionais que faturam bilhões de euros no controle dos mercados mundiais de produtos e serviços com eletrônicos, telecomunicações, material elétrico e infra-estrutura do setor energético, equipamentos para usinas hidrelétricas, entre outros.

A lógica que preside esses conglomerados financeiros é o lucro máximo e o total descompromisso com o bem estar das pessoas e com o meio ambiente das áreas e regiões de interesses para seus negócios. O acordo assinado pela reitoria da Ufac, sem a anuência do Conselho Universitário e sem nenhuma reflexão sobre os seus significados com a comunidade acadêmica e toda a sociedade local, revelam não apenas desapego às normas que regem essa instituição pública, mas uma total “ingenuidade” e inabilidade para lidar com questões dessa natureza, bem como sobre o papel da universidade. Papel esse que jamais pode ser de submissão a projetos megalomaníacos e aos interesses de empresas particulares ou mesmo “estatais”, como a Eletrobrás e suas subsidiárias que todos conhecemos pelos altos custos e a péssima qualidade dos serviços que presta em nossa região.

Por trás do acordo que cria o “Centro de Excelência em Energia do Acre está o engodo da Pareceria Público Privado (PPP), inventada pelo governo federal para dissimular o deslocamento de verbas públicas para a iniciativa privada, sob a cínica alegação de alavancar o “desenvolvimento” ou sanar déficits educacionais. Exemplo disso é o Programa Universidade para Todos (Prouni) que destina para universidade particulares milhões de reais que poderiam ser investidos na melhoria das condições de oferta, infra-estrutura e contratação de profissionais para a criação de novos cursos e ampliação de vagas nas universidades públicas.

Em conversa com o Professor Luis Fernando Novoa Garzon (Unir), um dos grandes estudiosos dos projetos de construção de barragens e usinas hidrelétricas na região do rio Madeira, o mesmo fez questão de ressaltar que iniciativas como essas, da criação desse “centro de excelência”, fazem parte do suporte que o Ministério das Minas e Energias em conjunto com suas estatais e o Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) vem dando para promover uma cobertura técnico-científica ao criminoso avanço de consórcios econômicos internacionais sobre a “fronteira elétrica na Amazônia”.

Com esse “Centro de Excelência em Energia do Acre” o que está em “operação é o espraiar de empresas que atuam no Complexo Rio Madeira”, saindo na dianteira para ficar em posição de “se apropriarem das quinze novas Usinas Hidrelétricas (UHEs) a serem construídas na Amazônia peruana. Nucleadas pela Santo Antônio Energia (SAESA) que é concessionária da UHE de Santo Antonio e pela Energia Sustentável do Brasil (ESBR) que é concessionária da UHE de Jirau, as demais empresas que estão associadas à Ufac para a construção do ‘centro de excelência’ são algumas das responsáveis pela logística (linha de transmissão: Norte Brasil e Interligação) e suprimentos (turbinas e demais equipamentos), Siemens-Voith com SAESA e Alstom com ESBR. Esse centro na universidade demonstra bem a excelência da espoliação que buscam tais empresas, reproduzindo em micro-escala a forma como vêm lidando com as populações do Madeira e seu meio ambiente”.

A devassa proporcionada pela ação dos tratores e máquinas para a abertura da estrada na área do Parque Zoobotânico, jogando por terra toda a discussão e debates acadêmicos acerca da preservação, conservação e estudos sobre a diversidade da flora e fauna daquele local, simbolizam o cenário de palavras de efeito, dos discursos ufanistas e do “rolo compressor” que acompanham o germe da criação de tal “centro” nessa universidade. Frente aos interesses de mercado não existe diálogo possível. A alternativa é fazer e fazer, não importando seus desdobramentos ou nada do que se disse antes.

O site da Ufac informa que o Parque Zoobotânico, “criado em 1979, compreende uma área de 100 ha, representada por formações vegetais secundárias em diferentes estágios de regeneração e por um remanescente de mata primária pouco perturbada”. Sua atuação é pautada em três eixos: biodiversidade, ecologia e manejo de ecossistemas, e educação. A ampliação das atividades do parque, ao longo dos últimos vinte anos, possibilitou-lhe gerar “autonomia científica, didática e administrativa, agilizando o cumprimento dos seus objetivos primordiais: contribuir com o desenvolvimento regional na geração de produtos relacionados à pesquisa, conhecimento florístico da região, preservação, educação ambiental envolvendo importantes aspectos da flora e fauna amazônica, bem como capacitando recursos humanos em diferentes campos de atuação”.

Pelo visto, nada disso foi levado em consideração pela administração superior da Ufac, pois a mesma, até a presente data, não fez nenhum comunicado oficial sobre as razões que a levaram a autorizar a abertura da estrada, iniciando o preparo do local para a implantação do referido “centro de excelência” e para a solenidade inaugural – espetáculo midiático – do “novo” empreendimento. Porém, é preciso dizer que interessa a todos nós saber o teor do laudo dos estudos sobre os impactos ambientais na área devastada pela estrada. Também interessa-nos conhecer o teor da licença ambiental concedida pelos órgãos responsáveis por tais licenciamentos. Os atos da gestão pública precisam ser divulgados para terem a devida legalidade: “registre-se, publique-se, cumpra-se” são os ditames legais obrigatórios para tudo o que tem a ver com a gestão da coisa pública.

Mais que isso, a comunidade universitária e a sociedade local precisam ser informadas sobre as razões que justificam a parceria firmada pela administração – em nome de todos nós – com empresas que têm como única finalidade a conquista dos mercados, a expansão de seus negócios e empreendimentos e a draconiana mercantilização de serviços essenciais para a população, de um modo em geral, como é o caso do fornecimento de energia elétrica. Uma concessão de tamanha envergadura a consórcios de grupos econômicos nacionais e internacionais geram graves consequências para a autonomia e para as finalidades últimas da universidade, sobre as quais compete ao Conselho Universitário dar a última palavra: o ensino, a pesquisa e a extensão.

As agências de notícias, jornais e a própria assessoria de imprensa da universidade divulgaram, em febril estado de congraçamento e júbilo, a construção do “centro de excelência” para o qual serão destinados recursos na ordem de “36 milhões de reais em estrutura física e aquisição de equipamentos”, somente na primeira fase de implantação. Sendo previstos outros “10 milhões de dólares, captados junto a agências internacionais para formação de recursos humanos”. Tudo isso numa universidade que vive graves colapsos com a falta de professores e técnicos administrativos, laboratórios, acervos bibliográficos, publicação e circulação de resultados de pesquisas e projetos/programas de extensão, condições de permanência dos estudantes na instituição e a total precariedade das estruturas físicas que abrigam os cursos de graduação e pós-graduação existentes.

No tocante a autonomia o que se anuncia publicamente é algo por demais preocupante, especialmente, porque o “centro de excelência” será gerenciado por uma “Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip)”, tendo à frente um “conselho deliberativo composto por nove pessoas indicadas pela Eletrobras, Ufac e empresas ou consórcios associados”, tais como: “Energia Sustentável do Brasil, Santo Antônio Energia, Interligação Elétrica do Madeira e Norte Brasil Transmissora de Energia e as empresas Alstom, Siemens, Voith Hydro, Impsa e Andritz Hydro”. Esse “estranho” conselho é quem vai deliberar não apenas sobre os investimentos para a geração e transmissão de energia, mas, também, sobre “qualificação de mão-de-obra especializada, capacitação de profissionais em engenharia e tecnologia da informação em níveis de graduação, mestrado e doutorado”. Tudo isso, “naturalmente” em um “centro de excelência” abrigado no interior do campus da Universidade Federal do Acre e sob os generosos auspícios de sua atual administração.

Envaidecidos com o “grandioso futuro” desse centro, seus signatários anunciam o “boom” da nova frente de desenvolvimento regional: a da energia elétrica, com o aproveitamento dos “recursos hidráulicos”, “recursos florestais”, potencializando os “recursos humanos”, ampliando a circulação dos “recursos de capitais”, entre outros adjetivos do mundo do mercado que, sob o invólucro da “sustentabilidade e do uso de recursos dentro dos preceitos de conservação ambiental”, evidenciam a razão cínica que nos anuncia o “avançar mais” dos “novos tempos” de “progresso”, “desenvolvimento” e “bem estar para a Amazônia”. Razão essa, cunhada pelos fascistas da ditadura militar e perpetuada nos dias de hoje por seus herdeiros e viúvas.

Por fim, encerro fazendo minhas as palavras e interrogações de Luis Novoa, ao saber do lançamento do “Centro de Excelência em Energia do Acre: que papel público pode ter esse “cavalo de tróia”? Essa “cabeça de ponte”? O que justifica concessões dessa natureza por parte da reitoria de uma Instituição Pública de Ensino Superior?

Gerson Rodrigues de Albuquerque, Professor vinculado ao

Centro de Educação, Letras e Artes da

Universidade Federal do Acre

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

O que faria Maquiavel se estivesse no Acre?

Os nobres vendo que não resistirão ao povo, escolhem um cidadão do povo, aumentam-lhe o prestígio e o fazem Príncipe. Para com isso, sob sua sombra, satisfazerem os próprios apetites” (Maquiavel).

Ufa! Essa viagem pelo túnel do tempo foi cansativa, mas, enfim, cheguei ao Acre - terra dos coronéis de barranco, dos fazendeiros e dos caudilhos políticos.

Nossa!!! Estou na última década do século XX e é época de eleições. Essa é a minha chance, vou me candidatar. Mostrarei ao Lourenço de Médicis o que ele deveria ter feito com a pobre Itália do século XVI. Eu, Maquiavel, tornar-me-ei O PRÍNCIPE.

As coisas por aqui não estão bem. O Acre de 1998, mais parece a minha Itália de 1500 - dividida e inundada de crimes e corrupção. O “clero” e a “nobreza” parecem não convencer mais o povo, além do mais, no Acre tudo está por fazer. Nessas condições, não terei dificuldades para chegar à Casa Cor-de-Rosa, pois os homens mudam de senhor com prazer, se bem fizermos acreditarem que terão melhorias.

Em se tratando de política, já sou “macaco velho”, sei que os grandes caminham por estradas batidas por outros. Vou unir, numa só coligação, a “oposição” e os burgueses dissidentes, será um show de democracia. O resto é puro marketing, é prometer o que o povo quer ouvir: 40 mil empregos, saúde de primeiro mundo, educação para todos, etc.

Hummmm!!!! Foi fácil ganhar, agora sou o Príncipe do Acre. Tenho que tomar medidas urgentes para me manter no poder. Primeiro, devo eliminar os herdeiros do antigo regime. Para isso, farei uma grande campanha difamatória, afirmando que todos os meus inimigos pertencem ao grupo de extermínio e ao narcotráfico, que são pessoas malvadas, oportunistas, corruptas, falsas e que não merecem o respeito dos acreanos, pois são inimigos deles.

Depois, perseguirei os que não me apoiaram, fechando “portas”, cortando privilégios, retirando gratificações e vigiando o cumprimento dos horários. Devo aproveitar o início do meu reinado, já que, as injúrias sempre devem ser feitas de uma só vez, para que cicatrize logo. Meu desejo é ser temido e não odiado.

Outra coisa que devo fazer é colocar os “pingos nos Is” em relação aos meus aliados. Fui eleito com o apoio de mais de dez partidos, no entanto, isso não significa que irei me condicionar a qualquer espécie de Conselho Político. No máximo, podem me aconselhar. Eu, porém, sou quem delibero, sozinho ou como achar melhor. O PRÍNCIPE, como já escrevi, não pode ser governado por ninguém. Pelo contrário, precisa ter sob seu controle os quatro poderes: o executivo, o legislativo, o judiciário e os meio de comunicação.

Talvez dirão: Vossa Excelência não era um democrata antes das eleições? Eu respondei se exitar: "há quinhentos anos eu também era um republicano, no entanto, quando os Médicis reassumiram o poder em Florença, tornei-me um fervoroso defensor do Absolutismo".

Em política não há ética, só a sede pelo poder. Na política, não se pensa em ajudar as pessoas, mas em como se assenhorear dos “espaços de mando”. Para conservar a minha coroa, faço qualquer coisa: prometo o que nunca vou cumprir, finjo acreditar na democracia, faço aliança com os empresários. Ao mesmo tempo em que discurso a favor dos trabalhadores, penhoro a floresta acreana para o BID, viro defensor das reformas, pratico o assistencialismo e até ando de mãos dadas com antigos inimigos. A glória provém da vitória, não do modo como a obtemos.

O Príncipe que deseja permanecer no trono, precisa fomentar o espírito cívico e construir uma identidade coletiva em seus liderados. Por isso, contratarei uma “penca” de historiadores profissionais para reescrever a história dessa pacata região, de modo que vejam que eu sou a continuidade de um passado glorioso, de um passado “revolucionário”.

Organizarei “centenárias” comemorações, reconstruirei prédios, lançarei livros, trarei artistas da Globo, etc. O povo precisa conhecer seu próprio passado, cultuar seus heróis, reverenciar as autoridades: é no passado e nas tradições que se apagam os desejos e os motivos para as mudanças.

Escrevi uma frase há alguns anos que até hoje é observada: “é muito vantajoso para um príncipe mostrar uma excelente imagem de si próprio”. Afinal de contas, contra quem tem boa reputação é difícil conspirar. Quando se é respeitado e amado pelo povo, não se deve temer as eleições, a vitória é garantida.

Daí a importância que dou a minha imagem pessoal, o povo se preocupa muito com a aparência das coisas. Nas câmeras, minhas ações e palavras devem mostrar que sou cheio de piedade, fé, integridade, humanidade e religião. Mas, para isso, se é necessário controlar a imprensa e gastar alguns milhões com marketing político. Ações consideradas normais quando se é um Príncipe.

...Já faz muitos anos que governo essas terras, estou cansado de tanto marasmo, minha intenção agora é ir para Brasília, a fim de aumentar minha influência e expandir meu território. Entretanto, para que isso aconteça, preciso deixar herdeiros por aqui, vassalos capazes, inteligentes e acima de tudo obedientes.

Minha intenção é administrar o Acre à distância. Quanto à população, agradá-la-ei com grandes empreendimentos em fins de mandato, pois, nada traz mais estima a um príncipe do que construir grandes obras.

- Que barulho é esse? Quem é você? – Eu sou Karl Marx, tenho analisado o seu reinado e percebo que está perto do fim. O poder político continua sendo organizado por uma classe, para oprimir outra. O governo “moderno”, como na época do Manifesto que escrevi, não passa de um comitê para gerir os negócios de uma minoria. O desenvolvimento anunciado, não é vivido pela população. Os que trabalham não lucram; e os que lucram não trabalham. As condições materiais de vida são similares as de antes. O Acre ainda não passou de sua pré-história! O motor da história não para, o Acre virtual deve ser superado. Acreanos uní-vos!

- Ei barbudo, o que você está querendo dizer com isso, sai pra lá! Xô Satanás!!!

Artigo de autoria de Eduardo Carneiro, publicado em jornal local, 2002.

Vamos rir....

Liberdade de imprensa [...] os candidatos a heróis sempre promovem a "unidade" e "conquistam" a opinião pública de forma carismática...rsrsr

domingo, 5 de setembro de 2010

PREFEITOS DO DEPARTAMENTO DO ALTO ACRE (1904-1930) e GOVERNADORES DO TERRITORIO DO ACRE – 1921/1930

PREFEITOS DO DEPARTAMENTO DO ALTO ACRE (1904-1930)

Fonte: Deptº Patrimônio Histórico do Acre

Nome

posse

saida

ficha1

ficha2

ficha3

Cel. RAPHAEL DA CUNHA MATOS

08/1904

04/1905

Cap. ODILON PRATAGY BRASILIENSE

04/1905

07/1905

Dr. ACAUAN RIBEIRO

07/1905

01/1906

Ten. FRANCISCO DAS CHAGAS PINTO MONTEIRO

01/1906

03/1906

Cel. JOAÕ DE OLIVEIRA ROLA

03/1906

07/1906

Cel. JOSÉ PLACIDO DE CASTRO

07/1906

03/1907

DOMINGOS JESUINO DE ALBUQUERQUE JUNIOR

03/1907

10/1907

ANTONIO ANTUNES DE ALENCAR

10/1907

01/1908

GABINO BEZOURO

01/1908

11/1909

FRANCISCO SIMPLICIO FERREIRA DA COSTA

11/1909

12/1909

DEOCLECIANO COELHO DE SOUZA

12/1909

06/1910

LEONIDAS BENICIO DE MELLO

06/1910

09/1910

FABIO FABRIZZI

11/1910

12/1910

DR. EPAMINONDAS JACOME

12/1910

01/1911

DR.DEOCLECIANO COELHO DE SOUZA

01/1911

01/1915

JOAQUIM VICTOR DA SILVA

01/1915

01/1915

ANTÓNIO VIEIRA DE SOUZA

01/1915

04/1915

AUGUSTO CARLOS DE VASCONCELOS MONTEIRO

04/1915

05/1916

ANTÓNIO VIEIRA DE SOUZA

05/1916

05/1917

AUGUSTO CARLOS DE VASCONCELOS MONTEIRO

05/1917

01/1919

JOSÉ TOMAS DA CUNHA VASCONCELLOS

01/1919

01/1921

GOVERNADORES DO TERRITORIO DO ACRE – 1921/1930

posse

saida

DR.EPAMINONDAS JÁCOME

01/1921

06/1922

MANUEL DUARTE DE MENEZES

06/ 1922

11/1922

DR. FRANCISCO DE OLIVEIRA CONDE

11/1922

02/1923

RAMIRO GUERREIRO

02/1923

02/1923

DR.JOSÉ THOMAS DA CUNHA VASCONCELOS

02/1923

05/1926

MAJOR. JOÃO CANCIO FERNANDES

05/1926

07/1926

ALBERTO AUGUSTO O . DINIZ

07/1926

12/1926

MAJOR. JOÃO CANCIO FERNANDES

12/1926

01/1927

LAUDELINO BENIGNO

01/1927

06/1927

HUGO CARNEIRO

06/1927

07/1930

MAJOR. JOÃO CANCIO FERNANDES

07/1930

11/1930

Cel. Raphael Augusto da Cunha Mattos – 08/1904-04/1905

General que havia feito parte das tropas que para cá vieram durante a Revolução Acreana - Fica pouco mais de um ano e sai alegando problemas de saúde, sem conseguir impor a nova ordem.

- 18 de agosto de 1904

- Posse na cidade do Cel.Raphael Augusto da Cunha Mattos

- 22 de agosto de 1904

- instaladas a delegacia de policia e uma escola primária.

Coronel do Exercito, remanescente da guerra de canudos

- 18 de agosto a 31 de dezembro de 1904

- Relatório - Gestão Cunha Mattos - Prefeitura Departamental

- 7 de setembro de 1904

- decreto 7 - mudança de Nome de Empreza para Villa Rio Branco - provisóriamente sede do Governo da prefeitura.

Cap. Odilon Pratagy Brasiliense – 04/1905-07/1905

Capitão do exército, assume interinamente e nem com o uso da força consegue se impor, fica dois meses no cargo.

Acauã Ribeiro – 07/1905-01/1906

Advogado nomeado para Prefeito, tratava-se de um burocrata federal que tentou mais uma vez organizar a administração do Acre sem obter resultados, sai alegando problemas de saúde.

-1905? até 1907

- Prefeito - Dr.Acauan Ribeiro

* tem dois aqui no meio (Alferes ? Pinto e João Rola)

Ten. Francisco das Chagas Pinto Monteiro – 01/1906-03/1906

(Alferes) Mais um militar a assumir interinamente o cargo de Prefeito. Consegue mesmo arrumar mais confusão.

Cel. João de Oliveira Rola – 03/1906-07/1906

Seringalista e ex-revolucionário assume interinamente a Prefeitura e com pouco tempo passa o cargo para Plácido de Castro.

Cel. José Placido de Castro -07/1906-03/1907

Ex-revolucionário e então seringalista, faz parte de uma facção que pretende resistir às imposições do Governo federal, permanece seis meses, pretendendo ter imposto a tão propalada ordem na casa.

-1906? a 1907?

- Prefeito - Placido de Castro

- 1906

- Neutel Maia funda a Assembléia Acreana (cassino)

Domingos Jesuino de Albuquerque Júnior – 03/1907-10/1907

Antonio Antunes de Alencar – 10/1907-01/1908

- 1907 a 1908

- Prefeito - Cel.Antonio Antunes de Alencar

- 1908

- Criada a Comarca do Alto Acre - Cidade Empreza - Sede

Gabino Bezouro – 01/1908-11/1909

- 1909

- Prefeito Gabino Besouro - muda de Empreza para Penápolis

- 30 de junho de 1909

- por ato do prefeito Gabino Besouro, Empresa muda de nome.Passa a ser Penápolis

Francisco Simplicio Ferreira da Costa – 11/1909-12/1909

Deocleciano Coelho de Souza – 12/1909-06/1910

(Já havia assumido prefeitura departamental de 12/09 a 06/10)

- 01/1909 a 01/1915 - Nomeado junto com 2 outros prefeitos do próprio Acre, o que acalmou os animos. Assume com votos de jubilo no Alto Acre.

Leonidas Benicio de Mello – 06/1910-09/1910

- 10 de agosto de 1910

- instalava-se em Penapólis uma agência dos correios.

- 1910

- Prefeito - Dr.Benicio Mello

Fabio Fabrizzi – 11/1910-12/1910

Dr. Epaminondas Jácome – 12/1910-01/1911

Dr. Epaminondas Jácome - ex-revolucionário. (Expedição Floriano Peixoto e Revolução Acreana)

Prefeito interinamente em dezembro de 10 a janeiro de 11. (Departamento do Alto-Acre). Em 11 de junho de 1915 é nomeado intendente do município de Rio Branco ( em substituição ao Cel. Rola que pediu exoneração do cargo). (Comércio do Acre - Ano I - 11 de Junho de 1915 - nº 1).

- Epaminondas era uma figura neutra, não estava filiado a nenhum partido político do Acre. (Jornal do Acre - Ano I - Domingo, 9 de janeiro de 1916 - n° 1).

Funda várias sedes públicas em setembro de 1916 e o diretor do jornal “reforma”.

- Em 11 de junho de 1918 deixa a intendência do município (substituído pelo Senador Teófilo Maia ), com destino a Porto Acre.

Dr. Deocleciano Coelho de Souza – 01/1911-01/1915

- 3 de outubro de 1912

- Passa a se chamar Rio Branco

- 7 de Maio de 1913

- é instalada a estação de Rádio Telegrafia, tirando os acreanos do isolamento total

- 13 de junho de 1913

- é dada nova organização ao território, razão da qual é instalado oficialmente o municipio de Rio Branco

- 7 de janeiro de 1914

- Primeiras eleições municipais

- 23/10/1912 - Decreto 9.831 - Reforma - Passa a 4 departamentos e 5 municipios

- Cria Conselhos Municipais (só eleitos em 1917)

- Intendentes Municipais nomeados pelo Presidente.

-02/13 - Instala Intendencia em Rio Branco - 1º Intendente João Rola

- As Intendencias cumprem duplo papel - contentar a elite regional e ampliar a máquina administrativa.

04/13 - Noticia de nova lei de terras que beneficia os seringalistas porque permite sua regularização.

05/13 - Reunião no Purus dos Prefeitos Departamentais convocada pelo Purus.

09/13 - Se refere ao partido construtor (?) ao qual pertence Deocleciano.

12/14 - Manifesta ao novo Presidente da Republica Venceslau Brás o desejo de continuar com Deocleciano que já vinha sofrendo com cortes no orçamento, apesar de ter garantido a ordem quando da revolução no Purus.

Mas parece que o Governo federal mudou mesmo logo em janeiro de 1915.

Joaquim Victor da Silva – 01/1915 a 01/1915

Antonio Vieira de Souza01/1915-04/1915

Ex-revolucionário - Coronel - Comerciante da Alves Braga Estates and Trading Company Ltda.

- Nomeado em 01/11 Delegado de Xapuri

- Já havia sido nomeado 3º Sub-Prefeito em 04/11

02/13 - Nova nomeação para 3º Subprefeito pela nova lei da Reforma 9.831

- Matéria que exalta a chegada do próximo Prefeito uma vez que o governo provisório de Antonio Vieira de Souza na Pref. Dep. e João Rola na Intendencia Municipal transformaram os ultimos quatro meses em um grande problema, marcado pôr perseguições, ideas impatrioticas e sequiosos de poder. O desastre foi tão grande, após o longo periodo de calmaria de Cunha Vasconcellos, que a chegada de nomeado de fora é melhor que Antonio Vieira e João Rola.

Augusto Carlos de Vasconcelos Monteiro – 04/1915-05/1916

-periodos interrompidos em 1915, 17 e 18

- Prefeito - Dr.Augusto Carlos de Vasconcelos Monteiros

- 1º de Maio de 1915

- é inaugurado o primeiro grupo escolar

- chega em 25(?)/04/1915 - Traz vários técnicos com ele para ocupar a o 1º escalão.

- Parece que João Rola segue como intendente.

- A expectativa positiva era mais uma jogada politica dos descontentes com Vieira e Rola ?

- Anuncia-se o orçamento de que dispõe (pouco/muito?)

- Era do RGN - Deputado Federal eleito em 1912 havia em 1914 (?) apresentado a Camara Federal o trabalho “Uma nova organização para o Acre”.

-05/16 - Fara viagem ao Rio de Janeiro assim que termine de instalar luz elétrica.

- Pela tabela aqui teria assumido Antonio Vieira entre 05/16 e 05/17 )

- Em 17 começou articulações para Governo Territorial.

- 1º de Maio de 1915

- é inaugurado o primeiro grupo escolar

- 13 de Maio de 1916

- Inaugurado o serviço de luz elétrica

- 10/18 - Está festejado no Acre

-12/18 - No dia 18/12/18 deixou a prefeitura para tirar férias. Exalta-se a sua administração pela instalação de luz, hospital, escolas.

- Enfrentou alagação em 17 e surto de gripe.

- aqui o Intendente municipal é Theophilo Maia.

- Assume interinamente Leandro cavalcanti, 1º substituto.

03/19 - Augusto Monteiro deve passar em RB em transito para o RJ onde vai ao Governo federal tratar assuntos do Acre. Mas parece que não estava no exercicio do cargo (?).

- Diante do boato de que o Gov.federal iria substitui-lo em RB e XA movimento radiografa ao Presidente para mante-lo.

Antonio Vieira de Souza – 05/1916-05/1917

- 13 de Maio de 1916

- Inaugurado o serviço de luz elétrica

Augusto Carlos de Vasconcelos Monteiro – 05/1917-01/1919

- 1918

- Instala-se o Tribunal de Apelação;

Leandro Cavalcanti - Assume no dia 18/12/18 (não aparece na relação)

- É medico de Rio Branco e se dispõe como continuador do antecessor, mas tratado sempre como “em exercicio”.

-09/02/19 - Ainda é Prefeito em exercicio

-14/02/20 - é só medico em RB.

José Tomas da Cunha Vasconcellos – 01/1919-01/1921

- 1919 a 1920

- Prefeito - Dr. José Thomaz da Cunha Vasconcelos

- 1º de outubro de 1920

- Território do Acre - extinção do departamento e unificação dos municipios em torno de um só governo, Rio Branco é escolhida a capital do território do Acre

- 13 de novembro de 1920

- é instalada a mesa de rendas Federais

- 28 de novembro de 1920

- é fundada a paróquia de São Félix e São Sebastião;

- Assume após a violenta deposição do Iº suplente de Prefeito em exercicio - Foi uma revolta da Cia. Regional, c/prisão das maiores autoridades do Dep., que se aproveitando de um motim no quartel usaram como pretexto a questão da autonomia acreana. Foi liderada pelo Tenente Augusto de Vasconcellos, advogado Estevam Gomes Castro Pinto e Padre José Raymundo, “ministros do governo provisório da revolução sem ideal”. Para cá foi mandado o 45º batalhão de caçadores do exército.

- Leandro Cavalcanti exerceu durante esta gestão, o cargo de diretor do Hospital

- Prepara Rio Branco para receber a capital do território. Reformou o prédio da prefeitura.

- O governo federal proibiu a publicação de jornais oficiais no Departamento, pôr essa razão publica em jornal particular.

- Devido a atrito com o Intendente municipal Dr.Freire de Carvalho, pediu sua exoneração ao Gov. federal e nomeou Intendente interino o cel. Antonio Ferreira Brasil.

- Realiza Congresso seringalista - é grave a crise econômica da borracha.

Pedem entre outras coisas: - Execução da lei de terras de 1913

- instalação da Agencia do banco do Brasil

- Medidas de colonização diante do despovoamento.

- Autorizar com urgencia a eleição dos vogaes do conselho municipal para evitar atrasos orçamentários.

Epaminondas Jácome – 01/1921-06/1922

- 1º de Janeiro de 1921

- posse do 1º Governador - Epaminondas Jacome

- 1921

- Cinema Eden

* Com a reforma de 1920, onde o Acre passou a território unificado é nomeado 1° governador do Acre em dezembro de 20, assumindo em janeiro de 1921.

- No dia 24 de junho de 1922, deixa o cargo de governador (em Manaus).

* Na falta do vice governador, assume o governo o intendente o Sr. Major Duarte de Menezes intendente de Rio Branco.

Manuel Duarte de Menezes – 06/1922-11/1922

Na época era intendente de Rio Branco. Assumiu o governo no dia 24 de junho de 1922, quando Epaminondas Jácome deixa o governo.

Major Duarte de Menezes - é o governador geral do território interinamente de 24 de junho a 16 de novembro do mesmo ano. Quando o governo federal nomeia seus vice governadores (1°, 2°, 3°) com a nomeação do novo governador o Major Duarte de Menezes pede exoneração do cargo de intendente e assumi o de comandante da força policial, onde fica até fevereiro de 1923, quando segue para a capital federal afim de se incorporar a Brigada Policial Militar. Em 1926 ainda está na Força Policial.

1º Vice-governador - Francisco de Oliveira Conde

2º Vice-governador - Antonio Pinto do Areal Souto

3º Vice-governador - Cel. João Cancio Fernandes.

Dr. Francisco de Oliveira Conde – 11/1922-02/1923

Dr- Francisco de Oliveira conde (16/11/1922 )

-1907 é o redator chefe do periodico ‘O Acre’, em 1913 ainda eo diretor ...

com a nomeação de 1° vice-governador do território assume em 16 de novenbro de 1922.

Nomeia o s. Flaviano F. Batista, após a sua exoneração da Policia para 1° suplente de de Juiz municipal do termo desta capital,nomeia em seu lugar para chefe de policia o S. Antonio pinto de areol Souto, 2° vice- governador. Não permanece como chefe de policvia.

-Francisco Conde de Oliveira deixa o governo em 11 de Feverreiro de 1923, onde segue para o Pará.

Ramiro Guerreiro – 02/1923-02/1923

Quando Francisco de Oliveira Conde deixa o governo, este assume o governo no dia 12/02/23, ficando 2 dias como governador quando chegou o representante legal, João Câncio, que era o 3º vice-governador e estava viajando para o alto-iaco. Na época Ramiro Guerreiro era Intendente de Rio Branco. João Câncio Fernandes assume ficando no governo até o dia 17 de fevereiro de 23 quando é substituído pelo sr. José Thomaz da Cunha Vasconcelos.

Dr. José Thomas da Cunha Vasconcelos – 17/02/1923-19/05/1926

Foi deputado pelo 3° distrito,desde de Abril de 1912 até o Fim do quadriênio Hesmes. Exerceu o cargo de delegado de policia na capital federal, em varias administrações até a data de sua eleição para deputado. É membro do instituto da ordem dos advogados no Rio de janeiro.

Foi chefe de Seção da Diretoria geral de estatistica e diretor geral no Rio de Jáneiro em 1901. Em Pernambuco , seu estado natal, em cuja cidade de Goyana nasceu em 29 de Janeiro de 1867, foi advogado e oficial do

- 1924

- Tentamem

Major João Câncio Fernandes – 05/1926-07/1926

Vice do José Thomas da Cunha Vasconcelos

Alberto Augusto O. Diniz – 07/1926-12/1926

Assume o vice Cel Laudelino Benigno

Major João Câncio Fernandes – 12/1926-01/1927

Laudelino Benigno – 01/1927-06/1927

Hugo Carneiro – 06/1927-07/1930

- janeiro do anno 1928 a outubro do anno 1929.

- Relatório Hugo Ribeiro Carneiro

- 1928

- Ismarte Clube

- 16 de Janeiro de 1929

- Fundado o IHGA

Major João Câncio Fernandes – 07/1930-11/1930

Com a Revolução logo em meados de outubro houve agitação no Acre. Havendo movimentos para deposição de João Cancio, que foi mantido a custa da força policial, mas logo chega comunicação da nomeação do Presidente do Tribunal de Apelação, o Desembargador Souza Ramos recebendo apoio dos orgãos de Imprensa e talvez mesmo da população.

Apesar de assumir em carater provisório Souza Ramos muda todo o 1º escalão.

Organiza manifestações populares de apoio à junta revolucionária.

Intendente dele vai ser Helio Abreu.

O estudo das relações políticas e contextuais realizadas no período que vai de 1904-1930, tem uma importância bastante acentuada para a História Política Administrativa do Departamento do alto Acre. É justamente nesse período que ela começa a se formar.

O Acre passa a ser território Brasileiro, dividido em três departamentos , onde o departamento do Alto Acre : Rio Branco, Xapuri e outra localidades tem como primeiro Gestor departamental ;Rafael Augusto da Cunha Mattos. Saiu do governo do Território em abril de 1905, vieram após ele: Odilon Pratagy Brasiliense, João de Oliveira Rola, José Plácido de Castro, Domingos Jesuino de Albuquerque Júnior, Antônio Antunes de Alencar. Esse período que vai até 1908 é marcado pela instabilidade dos governantes do território e acontecimentos pela antipatia dos seringalistas aos gestores enviados de “fora” pelo governo Federal. Antipatia essa que vai gerar vários conflitos que culminam com a morte de Plácido de Castro, seringalista e eis chefe da Revolução Acreana.

Apartir de 1908 no governo de Gabino Besouro,ouve uma tentativa de reforma, pôr parte do governo federal, com a criação de uma “Comissão de obras Federais”, trazendo grandes perspectivas de desenvolvimento. Ouve a instalação definitiva da capital, desobstrução de Rios, aberturas de estradas, etc... Foram prefeitos nesse período: Gabino Besouro, Francisco Simplicio Ferreira da Costa, Deocleciano Coelho de Souza, Leonidas Benicio de Mello, Fábio Fabrizzi, Epaminondas Jacome e novamente Deocleciano coelho de Souza que consegue uma certa estabilidade, mantendo-se no poder pôr quatro anos seguidos.

Apartir de 1912, exprodem os movimentos Autonomistas no Acre, Hesmes da Fonseca, preocupado com os faz novas reformas administrativas. Cria mais um Departamento e um Tribunal de Apelação no Juruá. Pretendia melhor distribuir o controle do departamento, acabando com os movimentos autonomistas acreanos que se destacavam principalmente no Juruá e Sena Madureira. Foram Prefeitos nesse período: Deocleciano coelho de Souza, Joaquim Victor da Silva, Antnio vieira de souza, Augusto Carlos de Vasconcelos Monteiro e José Tomas da Cunha Vasconcellos.

Em 1917 wencerlau Brás toma uma serie de medidas que privilegiam o município de Rio Branco, deixado os demais departamentos no completo abandono. Essa situação vai perdurar ate 1920 quando Epitácio Pessoa junto com o congresso nacional fazem modificações significativas no governo do Acre. O território passou a ser governado pôr um governador geral, nomeado pelo presidente, ouve a extinção dos quatro departamentos e Rio Branco antiga Penapolis ficou sendo a capital definitiva do território. Foram governadores do território: Epaminondas Jácome, Francisco de Oliveira Conde, José Thomas da cunha Vasconcelos, João Câncio Fernandes, Alberto Augusto O . Dinis, Laudelino Benigno e Hugo Carneiro ate agosto de 1930.

1ª FASE -/1912

TOTAL: 15 PREFEITOS DO DEPARTAMENTO DO ALTO ACRE

2ª FASE:1912-1920

TOTAL:08 GOVERNADORES DO TERRITÓRIO FEDERAL DO ACRE

3ªFASE:1920-1930

TOTAL:11 GOVERNADORES DO TERRITÓRIO FEDERAL DO ACRE

PREFEITOS DEPARTAMENTAIS DO ALTO ACRE - 1904/1920

GOVERNADORES DO TERRITÓRIO DO ACRE - 1920/1930

CM-RAPHAEL AUGUSTO DA CUNHA MATTOS

OB-ODILON PRATAGY BRASILIENSE

AR- ACAUAN RIBEIRO

FM- T. FRANCISCO DAS CHAGAS PINTO MONTEIRO

JR-C.JOAÕ DE OLIVEIRA ROLA

JC-C. JOSÉ PLACIDO DE CASTRO

DJ- DOMINGOS JESUINO DE ALBUQUERQUE JUNIOR

AA-ANTONIO ANTUNES DE ALENCAR

GB- GABINO BEZOURO

FC- FRACISCO SIMPLICIO FERREIRA DA COSTA

DS-DEOCLECIANO COELHO DE SOUZA

LM-LEONIDAS BENICIO DE MELLO

FF- FÁBIO FABRIZZI

EJ-DR. EPAMINONDAS JACOME

DS-DR.DEOCLECIANO COELHO DE SOUZA

JS-JOAQUIM VICTOR DA SILVA

AS-ANTÓNIO VIEIRA DE SOUZA

AM-AUGUSTO CARLOS DE VASCONCELOS MONTEIRO

LEANDRO CAVALCANTE DA SILVA GUIMARÃES

JV-JOSÉ TOMAS DA CUNHA VASCONCELLOS

GOVERNADORES;

EJ-DR.EPAMINONDAS JÁCOME

ANTONIO PINTO DO AREAL SOUTO

MANUEL DUARTE DE MENEZES

FO-DR. FRANCISCO DE OLIVEIRA CONDE

JV-DR.JOSÉ THOMAS DA CUNHA VASCONCELOS

JF-MAJOR. JOAO CANCIO FERNANDES

AD- ALBERTO AUGUSTO O . DINIZ

LB-LAUDELINO BENIGNO

HC-HUGO CARNEIRO

INTENDENTES MUNICIPAIS DE RIO BRANCO - 1904/1930

HM - HIPOLYTO MOREIRA

JR-CEL.JOÃO DE OLIVEIRA ROLA

JC-TEM.CEL.JAOQUIM DOMINGUES CARNEIRO

EJ-EPAMINONDAS JÁCOME

TL-CEL.TEÓFILO MAIA DE LIMA

RJ-MAJOR RAMIRO AFONSO GUERREIRO JUNIOR

EO-DR.EDSON MENDES DE OLIVEIRA

AB-CEL. ANTONIO FERREIRA BRASIL

EJ-DR.EDUARDO FREIRE DE CARVALHO JUNIO

AB-ANTONIO FERREIRA BRASIL

JO-TEM. CEL. JOÃO DONATO DE OLIVEIRA

MM-MAJOR MANOEL DUARTE DE MENEZES

JO-TEM.CEL. JOÃO DONATO DE OLIVEIRA

RJ-MAJOR RAMIRO AFONSO GUERREIRO JÚNIOR

AL-MAJOR ADOLPHO BARBOSA LEITE.

AB-ANTÓNIO FERREIRA BRASIL

MB-MARCÍLIO FERNANDES BASTOS

JF-JOSÉ AUGUSTO MARIA FILHO

AB-CEL. ANTÓNIO FERREIRA BRASIL

AL-MAJOR ADOLPHO BARBOSA LEITE

FB-FLAVIANO FLÁVIO BAPTISTA

AL-ALVARO ARNOSO DE MELLO LEITAÕ

MB-DR. MARCÍLIO FERNANDES BASTOS

VL-TEM.CEL.VIRGILIO ESTEVES DE LIMA

AM-DR. ALBERTO JOSÉ LEÃO MARTIM

HÁ-DR. HÉLIO