sábado, 25 de janeiro de 2014

Lanna Holder - famosa missionária evangélica se declarae lésbica e oficializa casamento.



Holder é pastora da igreja
igreja inclusiva Comunidade Cidade de Refúgio
A primeira igreja "cristã" brasileira dirigida por um casal de lésbicas e orientada para o público LGBT

A Central Única dos Trabalhadores (CUT) estará bem assessorada com Delúbio Soares. Parabéns Trabalhadores!!! Têm que levar é "ferro" mesmo para aprenderem a votar...

Delúbio Soares saiu da prisão pela primeira vez desde que se entregou à Polícia Federal há pouco mais de dois meses. Por volta de oito horas da manhã da segunda-feira, 20 de janeiro, o ex-tesoureiro do PT chegou ao escritório da Central Única dos Trabalhadores, em Brasília, onde deve atuar como assessor da direção nacional da entidade e receberá um salário de R$ 4,5 mil. Condenado a 6 anos e 8 meses de prisão, Delúbio poderá trabalhar durante o dia, de segunda a sexta-feira.

Delúbio começa a trabalhar na CUT em Brasília

Os bandidos que usam paletó estão no Governo no Acre diz divulgador da Telexfree

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

CINE TEATRO RECREIO - Acre


    

Cine Teatro Recreio foi instalado no prédio do extinto Cine Éden, Segundo Distrito, após passar por uma reforma quando foi feita a fachada em alvenaria que se manem até hoje. A inauguração se deu em 13 de junho de 1948.
Além de projeções cinematográficas o Cine Teatro Recreio era movimentado por companhias teatrais que chegavam de outros Estados bem como por iniciativas do teatro amador local, do qual destacamos, entre outros, nomes como Osvaldo Pinheiro de Lima e Garibalde Brasil.
As sessões do Cine Teatro Recreio eram, em geral, acompanhadas por outras atrações como apresentações da Banda de Música da Ex – Guarda Territorial nas inesquecíveis retratas. Um auto – falante nos altos do prédio entoava o “Cisne Branco” para avisar que a projeção estaria para começar.
O cine Teatro Recreio situava-se num complexo de diversões públicas do Segundo Distrito, juntamente com os Arrais da Igreja N. S. da Conceição, a sinuca do Hotel Madrid, as casas comerciais com suas vitrines sempre enfeitadas com as últimas novidades e os encontros no Bar Brotinho, sem falar dos bailes carnavalescos da Tentamen.

               Departamento de Patrimônio  Histórico e Cultural da Fundação Elias mansour

CINE TEATRO RECREIO
HISTÓRICO
                                                                                  Fátima Almeida

O antigo cinema do Segundo Distrito é patrimônio histórico por refletir ao longo de sua existência parte da história desta cidade. Nos remete ainda às influências e tendências do cinema mundial, de década por década, tendo contribuído grandemente para a informação e formação  de várias gerações pela inegável posição de “porta para o mundo”. O cinema do Segundo Distrito que recebeu nomes em meio século é uma referência de importância da memória social de Rio Branco.

OS PRIMEIROS ANOS

Na virada do século o cinema chega ao Brasil pelos irmãos Segretto. A primeira exibição pública da qual se tem notícia aconteceu à rua do Ouvidor, RJ, em junho de 1896.
Pouco tempo depois, no Acre, um também italiano, José Cicarelli teria projetado filmes em sua casa de diversões no Segundo Distrito. Mas, a primeira sala de projeções, de fato, foi instalada numa das casas da antiga rua do comércio, atual senador Assamar, numa época em que o Segundo Distrito constituía-se num pólo dinamizador  das atividades comerciais e culturais da capital do ex-território do Acre. Esse primeiro cinema, o Cine Ideal, teve uma pequena duração, nos idos de 1918 e 1919.
Em 1920, um pequeno grupo empresarial liderado pelo português Leonel Vinagre, compra o cinema e muda-lhe o nome para Cine Éden. O Cine Éden foi uma das mais arrojadas Casas de Espetáculos de que se tem notícia, promovendo por mais de duas décadas, recitais, consertos, projeções cinematográficas, peças teatrais e até conferências de interesse público.
Em 1924 o Cine Éden passa a funcionar no prédio do atual Cine Recreio, conforme o anúncio: “Éden, Cinema – conforme fora antecipadamente anunciado, realizou-se domingo último a inauguração do novo prédio dessa Casa de Diversão com estréia do majestoso filme, em oito partes, ATLANTIS, da fábrica dinamarquesa Nordinsk”. (Correio do Acre, 20.07.1924).
Em 1945 os sócios – proprietários da Sociedade Recreativa Tentamen tendo na direção Mário de Oliveira, compra o Cine Éden, submetendo-o à reforma pela qual o prédio foi dotado de uma fachada em alvenaria como se vê até hoje. A reabertura do cinema, sob novo nome, CINE TEATRO RECREIO, deu-se em 1948, com estréia do filme Gilda, em 13 de junho, data comemorativa do aniversário de fundação da cidade. (O ACRE, 13.06.1948).

NOS TEMPOS DO EDEN

Nas décadas de 20, 30 e 40, o principal meio de comunicação era o transporte fluvial. As projeções de cinema ficavam, portanto, condicionadas à demora entre remessa e a chegada de filmes, desde o porto de Recife, onde Leonel Vinagre estabeleceu intermediação, até esta capital. “Éden Cinema”: Aguardem os novos filmes chegados pela chata Uruguaiana”. (Folha do Acre, 20.01.1929)). Uma demora de três meses em média, não permitia a locação de filmes como hoje, que por isso eram comprados e revendidos, podendo formar às vezes verdadeiros estoques.
Quanto aos projetores eram importado, o que trazia problemas quanto à falta de peças de reposição.  Data de 1945 a aquisição de um projetor em 16 mm sendo que somente em 1945, o então Cine Recreio é dotado de um projetor em 35 mm sob a direção de Aref Jarud.
O Cine Éden ofereceu oportunidade ao florescente teatro e de música instrumental, a começar pelo fato de que o Cinema Mudo em toda parte fazia-se acompanhar por instrumentistas que obedeciam aos movimentos das imagens projetadas, sessão por sessão. A pequena orquestra do Cine Éden era regida por um pistonista. Plácido de Paiva Melo e por um pianista, Hilda Leite. A irregularidade nas projeções fosse por problemas técnicos, fosse pela demora das remessas, permitia a concorrência de companhias teatrais. Há quem afirme que a freqüência  ao teatro era, inclusive, muito maior que a do cinema. Davam-se ainda espetáculos circenses, pantomimas, arte ventríloqua, etc. Em 1928 o Jornal Folha do Acre, nunciou a exibição de Mário Letona,  peruano que executava música clássica em um serrote de carpinteiro. Mas isto era exceção, sendo o mais comum apresentação de música erudita, com um certo requinte. Em 1921, o filme BHOEMIA da obra de Musset, é exibido, em quatro atos,  acompanhado da orquestra “Voluntários da Lyra”, sendo que a todas essas partes de óperas e óperas cósmicas, Antônia Brandão interpretou com muita alma, surpreendendo a platéia com um argumento de vocalização, tonalidade de volume e extensão de voz”.  E ainda: “O Éden estava cheio, vendo-se ali sua excelência o Sr. Dr. Governador, altas autoridades e muitas famílias” (OACRE, 06.08.1921). Antonia Brandão, cantará, um ano depois “lindos trechos clássicos das operatas “traviata”, “Gioconda” e “Fausto”. O estreito vínculo entre o exercício de altos cargos públicos e a entrada pomposa em noites  de espetáculos condicionou  a freqüência em sessões elegantes e sessões populares. A polícia gozava de camarotes com lugares de honra, ostentando uma respeitabilidade como não se vê. Juizes assinavam portarias normativando com muita eficiência a freqüência  da casa e o exercício da censura era indispensável pois o próprio beijo surgiu nas telas muito depois. Apesar de ficarem restritos às sessões populares, os freqüentadores que exerciam ofícios de catraeiros, carpinteiros, carregadores, etc., gozavam também de respeitabilidade em geral, como pessoas honradas, de boas famílias, numa época em que todos conheciam-se, muito distante dos dias de hoje, em que trabalhadores não são mais pessoas com rosto e um nome e sim categorias, classe social, massa.
O cine que após 1926 passou a ser propriedade da empresa Moleiro Esteves não era tão somente uma casa de diversões com finalidade comercial. Contribuía regularmente com campanhas beneficentes: “Em benefício da Caixa Escolar, a pedido do diretor de Instrução Pública, a Empresa Moleiro e Esteves, na sexta-feira, 30 deste mês, às 9 horas da noite, realizará uma sessão cinematográfica em benefício da Caixa do Grupo Escolar “7 de Setembro” .  Será focalizado o filme “Via Crucis”, caixa escolar é a instituição benemérita que tem por finalidade a freqüência, fornecendo livros, etc., aos alunos  reconhecidamente pobres. A noite será abrilhantada pela banda de música da Força Policial”. (Folha do Acre, 27.09.1921). outro anúncio no (O Acre, 07.09.1921) “Concerto litero-musical em benefício da Santa Casa de Misericórdia do Acre”.  Em outro anuncio do (O Acre, 03.11.1929) “Dentro de brevidades com a próxima chegada da primeira remessa de filmes novos, será o EDEN CINEMA – THEATRO  reaberto ao público, com uma brilhante estréia. Estão, pois, fracamente de parabéns os admiradores da soberba arte moderna. Nota: a fração de 200 réis dos ingressos para as sessões elegantes corresponde ao imposto de caridade taxado pela Intendência Municipal”.
O cine projetava ainda o FOX – Jornal, uma espécie de revista dos principais acontecimentos mundiais em um ato.
Em julho de 1928 o cine Éden promove uma feira  de arte em benefício da estátua  a ser erguida em Fortaleza Ceará ao romancista José de Alencar. O monumento seria inaugurado um ano depois, o próprio governador Hugo Carneiro, participou daquela feira proferindo conferencia. (Folha do Acre, 17.02.1929). em 1929, o Éden exibe o  filme “ATRAVES DO GRAN PARÁ” ou “A CONQUISTA DA GUYANA BRASILEURA”.
As vezes as máquinas saiam para tomar ar fresco: haverá no domingo uma sessão de cinema ao ar livre, na praça Tavares Lyra, em homenagem ao natalício do Sr. Epitácio Pessoa, para que será  ali transportado o aparelho do Éden ...” (Folha do Acre, 26.05.1920).
No cine Éden realizavam-se conferencias sobre os mais variados temas desde a essência do amor”, por Juvenal Antunes até a necessidade do recenseamento”, POR Theodoro Albuquerque. Sendo que os conferencistas eram aplaudidos de pé, em sua entrada.
O maior expoente do teatro nos tempos do Éden foi, sem dúvida, Grijalva Antony, diretor e ator que transferiu-se de Manaus, com sua companhia de teatro da qual faziam parte sua mulher, Bianca Antony e atores como; Elias Andrade e Rui Barreto. “FOGO DE BENGALA”, foi uma  foi uma das peças desse grupo que fez grande sucesso de público e de crítica como as notas no jornal de então.
Os títulos dos filmes da época não poderiam ser mais sugestivos num período de amplo romantismo no cinema: “O Duque Ruivo”, “A Filha do Phaloreiro”, “O Hóspede Mysterioso”, “O Roubo dos Documentos do Canhão”, “Memórias de um criminoso”. As atrizes Bertini e Diane Merene eram as musas de filmes anunciadíssimos como: Ivone e Quando  o Amor Refloresce. Poetas publicavam poesias inspirados naquelas.

O CINE TEATRO RECREIO

O Cine Teatro Recreio é reaberto ao público em 1948. ativistas culturais promovem espetáculos de teatro amador, entre eles, Osvaldo Pinheiro de Lima e Garibaldi Brasil. As sessões continuam abrilhantadas pela Banda de Música. Nas matines, o auto-falante entoa o Cisne Branco para avisar que a projeção já vai começar, roubando os fregueses do largo passeio entre o Bar Brotinho e o Cinema. Carros motorizados nem existiam. Mas o aviação chegava. Nesse mesmo ano, o Aeroporto Salgado Filho é inaugurado por José Guiomard dos Santos, as atenções voltam-se para ele. Chegar e sai, com rapidez, sem a monotonia das longas viagens de chata ou navio, teve uma repercussão imensurável.
É desse período também o surgimento do Cine Rio Branco, na outra margem do rio promovendo uma acirrada concorrência, como se percebe em normais do  período anúncios de quatro a cinco filmes para a semana inteira, entre matines, matinal e sessões noturnas, nos dois cinemas, com remessas diferentes. Hollywood em alta. Ingrid Bergmann e Humprey Bogart dominam a cena, títulos que o cinema atual apenas reinterpreta e velhos temas com tecnologia mais avançada. Um personagem chamado “Raimundo Doido” anuncia os filmes, tocando tambor, pelas ruas do Segundo Distrito, pronunciando barbaramente nomes como Mickey Rooney e Magarreth O’ Brian... ganhava gorjeta mas trabalhava quando queria...
O teatro vai perdendo a efervescência de outrora. Há referências a um Teatro Escolar do Acre que era patrocinado pelo Departamento de Educação e Cultura, o qual encenou dois trabalhos em 1946. do grupo fazia parte a professora de música Elaís Meira. Em 1959, as irmãs do Imaculada Conceição, promovem um espetáculo teatral com suas alunas, entre elas: Íris Célia Cabanellas Zannini, em 1959 no Cine Recreio. O Teatro Escolar apresentava-se no Colégio Acreano, dotado de um palco como se vê até hoje. Nos anos sessenta, um grupo de estudantes encena o “Príncipe Valente”, com Hélio Koury no papel principal, no palco do Colégio Acreano.

A POLÍTICA NO CINEMA: ACABA O FILME

O Cine Rio Branco pega fogo, em 24 de junho de 1956 durante a exibição de “Lampião, o Rei do Cangaço”. Os filmes eram fabricados com material inflamável naquela época. Cinemas incendiavam em todo mundo. O então governador Valério Magalhães fez doação das máquinas para a Santa Casa de Misericórdia que vinha há décadas com seu pires na mão às portas do cinema. No mesmo ano, a Santa Casa de Misericórdia arrenda o Cine Recreio. Durante quatro anos, o cinema do Segundo Distrito, contribui com sua renda para construção do Cine Rio Branco. Um arraial beneficente permite comprar seiscentas cadeiras. O Cine Rio Branco reabre em 1960.
Mas os provedores eram nomeados pelos governos ou interventores que eram nomeados pelos presidentes. Começam a haver divergências entre provedores e gerentes de cinemas. Até mesmo em questões como aquisição de projetores novos, se de marcas nacionais ou importados. Foram-se os tempos de empresários entusiastas como Alfredo Mendes, Sóciodede Leonel Vinagre.
A movimentação no Segundo Distrito cai sensivelmente com a transferência das casas comerciais para o Primeiro Distrito. O Cine Rio Branco passa a dominar na esfera das diversões públicas, tendo por concorrente o Cine Acre por alguns anos. O Cine Recreio torna-se mera filial sem importância, reprisando filmes da matriz, para um público cada vez menor, num bairro cada vez mais sem iluminação.
No anos oitenta, quando Jacó Picolli, era presidente da Fundação Cultural o Cine Recreio foi reconstruído. Ressurge das cinzas como a fênix. Inúmeros espetáculos voltaram a ser encenados ali, sobretudo, na gestão de Gregório Filho. Por último e atual presente da Fundação, “Walter  Félix de Souza, pretende restabelecer o antigo cinema, que aliás é uma expectativa geral. Sobretudo, por parte dos moradores do Segundo Distrito”.


REINAUGURAÇÃO DO CINE TEATRO RECREIO

É com imensa satisfação, que a Fundação Cultural do Acre, reinaugura hoje, dia 21 de maio de 1993, o Cine Teatro Recreio, que contou com a sensibilidade e o entusiasmo do nosso Governador Romildo Magalhães, pois sem o seu apoio seria impossível esta reativação, principalmente na área cinematográfica.
O primeiro cinema de Rio branco, o Cine Ideal, existiu aqui, no Cine Recreio, nos anos de 1918 / 1919, tornando-se em 1920 o Cine Éden, com a aquisição do cinema por um grupo empresarial liderado pelo português Leonel Venagre. Apesar de ter sido o mais importante centro cultural da cidade, durante décadas, com intensa movimentação de atores, literários, músicos e a comunidade em geral, o Cine Éden terminou por desaparecer, dando lugar ao Cine Teatro Recreio, adquirido pelos sócios da Sociedade Recreativa Tentamen, em 1945, sob a liderança de Mário de Oliveira.
As máquinas eram importadas da França e Thecoslováquia, oferecendo inúmeros problemas, face a ausência de peças de reposição no mercado. Somente em 1945, este cinema adquiriu um projetor de 35 mm, sob a direção de Aref Jarude, proprietário naquele período.
Em 1956, a Santa Casa de Misericórdia tornou-se arrendatária do Cine Recreio, após ter recebido a doação das máquinas através de Domingos Jordão, do Cine Rio Branco, pelo então Governador Valério Magalhães.
A intenção da Santa Casa em arrendar o cinema era de promover sessões beneficentes cuja renda era revestida para o hospital.
O cinema em nossa cidade foi um fonte vital de conhecimentos, informações e acontecimentos mundiais. Via-se filmes sobre a revolução francesa, sobre valores culturais brasileiros e principalmente superproduções de Hollywood, como: E O VENTO LEVOU< POR QUEM OS SINOS DOBRAM.


                                                                        Fundação Cultural do Acre