sexta-feira, 28 de junho de 2013

TESE. Simone Madeira Campos. O Estado brasileiro e o processo de produção do espaço no Acre.




CAMPOS, Simone Martinoli Madeira. O Estado Brasileiro e o processo de produção do espaço no Acre. São Paulo: USP, 2004. (Tese de Doutorado em Arquitetura e Urbanismo).

RESUMO
“A presente tese permite a constatação da fundamental presença do Estado brasileiro em todo o processo histórico de ocupação, incorporação, integração e consolidação do Estado do Acre. Através de suas políticas o Estado brasileiro conduziu o processo de conquista e ocupação territorial do Acre, desde a metade do século XIX até os dias de hoje. Os objetivos destas políticas eram: a ocupação territorial, o adensamento populacional e a integração do acre ao espaço brasileiro. Tais objetivos estavam baseados nas concepções geopolíticas, que julgavam a localização estratégica do Acre numa faixa da fronteira amazônica brasileira, sua rarefeita ocupação territorial e a inexistência de vias de integração do Acre ao território brasileiro como elementos de vulnerabilidade à defesa do território e da soberania brasileira”.
- O Acre está hoje integrado ao Brasil por meio de rodovias.
“depende em 70% de seu orçamento dos repasses do governo brasileiro [...] Constatamos então que em suas diferentes instâncias e formas o Estado brasileiro é o elemento fundamental na constituição do Estado do Acre”.

1. INTRODUÇÃO (p. 15)
- A autora esteve no Acre em 1993. Foi convidada pelo prefeito Jorge Viana. Trabalhou quatro anos coordenando projetos de urbanização.
“A questão que me perseguia estava relacionada ao papel do Estado na conformação daquela realidade. Instigava-me o fato da instituição do Estado ser o principal elemento da economia acreana – em 2002 ela era responsável por cerca de 48% dos empregos do Estado, enquanto a média brasileira era de 19,46% - e o elemento central do processo histórico de ocupação, incorporação e integração territorial do Acre. Era imperativo compreender como e porque a instituição do Estado se transformara no sustentáculo do Estado do Acre” p. 16.
“O elemento que pautou toda a pesquisa foi a busca da compreensão do papel do Estado brasileiro no processo de ocupação, conquista, incorporação e integração territorial do acre ao espaço nacional” p. 17.
“As políticas implantadas para produção do espaço são frutos do processo de expansão da forma mercadoria, que tem na homogeneização do espaço nacional o elemento essencial da sua expansão” p. 17.
- Geopolítica e a defesa do território nacional.
“houve o movimento de ocupação e conquista territorial, promovido pelo incentivo ao aumento da produção de borracha na Amazônia [...] o resultado deste processo foi a incorporação do Acre ao território brasileiro” p. 18.
“O segundo momento do processo de produção do espaço no Acre foi aquele de sua integração ao espaço nacional. Este momento teve início em 1930 e se estendeu até meados de 1970” p. 18.
“o terceiro e último momento do processo de produção do espaço no Acre é aquele que tem início em meados da década de 1970 e se estende até o presente ano” p. 19.
“A única características que sobreviveu às políticas implantadas por mais de um século, e na verdade fortaleceu-se através delas, foi a importância da instituição do Estado como principal elemento da estrutura econômica estadual e do processo de produção do espaço. A novidade com relação a este fato está no fortalecimento da estrutura da instituição estadual, que nos últimos seis anos passou a assumir a condução das políticas de produção do espaço no acre, em substituição às políticas brasileiras” p. 20.
- O governo nadou na contramão da história, pois em âmbito nacional se adotava o neoliberalismo. “O Governo do Acre, ciente de sua dependência econômica dos recursos externos e diante do predomínio da ideia do desenvolvimento sustentável, incorporou o discurso e os projetos da ideologia dominante. A partir da incorporação de tal ideologia o governo estadual viabilizou os financiamentos necessários [...] perpetuando assim, a condição do Estado como elemento central dos processos desenrolados no Acre” p. 20.
“Interpretamos o processo de produção do espaço no Acre como resultado das políticas brasileiras implantadas desde meados do século XIX, cujos objetivos eram conquistar, ocupar, povoar, organizar e integrar este território ao espaço nacional” p. 20-21.
“Estamos propondo a interpretação de que o processo de produção do espaço no Acre faz parte do processo de apropriação do território nacional e só pode ser explicado em função do processo que o engendrou. Ele está relacionado às questões de segurança e soberania nacional [...] evidencia não apenas o fundamental papel do Estado no processo de ocupação, incorporação e integração do Acre ao espaço nacional” p. 21.

2. ESTADO, TERRITÓRIO, FRONTEIRA E SOBERANIA (p.22)
“O processo de produção do espaço é então condicionado pelo modo de produção capitalista e de acumulação predominante” p. 30.
“A produção do espaço nacional foi marcada pela característica do modo capitalista de produção” p. 30.
- O Acre se fez com a constituição do espaço como mercado.
- Faixas de fronteiras assumem um papel privilegiado, pois tem a ver com as estratégias de defesa político-territoriais de um país. A política expansionista torna a região ainda mais importante. A fronteira limita a soberania de um país.
“O esforço de manutenção da soberania de um Estado é inspirado pela concepção geopolítica de expansão territorial” p. 37.
“A fronteira é o limite territorial de uma soberania, dotada por postos alfandegários e policiais” p. 38.
- O território espelha as relações de poder.

3. A INCORPORAÇÃO DO ACRE AO TERRITÓRIO BRASILEIRO - 1820 a 1930 (p. 41).
“A formação do território do Acre foi resultado da ocupação territorial dos vales dos rios amazônicos a partir da busca por novas áreas produtoras de borracha” p. 42.
“Seguidos governos do Amazonas promoveram e orientaram a ocupação do Acre, principalmente a partir de meados de 1850” p. 42.
“A conquista e a posterior incorporação do Acre ao território brasileiro foram caracterizadas pelos movimentos provocados pelo consumo industrial da borracha e pela concepção imperial do território nacional. Esse processo, que compreendemos como parte do movimento de constituição do território nacional, teve na intervenção e nos investimentos do governo brasileiro e do Amazonas seus principais pilares” p. 42.

3.1. A ocupação territorial do Acre – 1850 a 1899.
Ler Euclides da Cunha. A margem da história, p.2.
“A ocupação da Amazônia pelo homem branco é frequentemente analisada em função dos ciclos econômicos ocorridos, principalmente com relação ao ciclo do cacau, em meados do século XIII, e o ciclo da borracha, iniciado na década de 1820” p. 43.
- Anos 1850, os primeiros registros de ocupação do acre. “Estava diretamente relacionado à busca por novas áreas ricas em espécies de seringueiras e à introdução da navegação a vapor” p. 43.
DEAN, Warren. A luta pela borracha no Brasil. (p. 22. Mapa).
- A ocupação só se consolidou mesmo com os nordestinos.
Ler TOCANTINS, L. Formação História do Acre, p. 23.
- Os bandeirantes expandiu a fronteira do brasil por meio da fundação de fortes militares nas áreas consquistadas.
“A borracha estava destinada, nos fins do século XIX e começo do atual (XX), a transformar-se na matéria-prima em mais rápida expansão no mercado mundial” (Celso Furtado. Formação Econômica do Brasil. 2000.  P. 163.).
“A partir da década de 1820 a borracha ganhou destaque entre as matérias-primas [...] ela já era utilizada pelas civilizações pré-colombianas em cerimônias religiosas e pelos índios do Haiti no jogo de bola” p. 49.
“A borracha só passou a ser utilizada na indústria europeia a partir de 1803, com a implantação de uma indústria de ligaduras elásticas para suspensórios e ligas em paris” p. 49.
“Em 1820, fabricantes de sapatos de Boston recobriam sapatos com borracha para impermeabiliza-los. Em 1823, Macintosh criou a técnica de dissolução em nafta de carvão e fundou uma fábrica de tecidos à prova d’água na Escócia. Em 1839, Charles Goodyear nos EUA e Thomas Hancock na Inglaterra desenvolvem a técnica da vulcanização, resolvendo os problemas das alterações sofridas pelo material causadas pelo frio, calor, óleos ou solventes comuns” p. 40-50.
- 1888 – o irlandês Johe Dunlop aplicou cintos elásticos nas rodas de uma bicicleta.
“Na medida em que crescia o uso industrial da borracha crescia a demanda sobre a borracha produzida na Amazônia, que era, no século XIX, a maior produtora mundial de borracha” p. 50.
Roberto Santos. História Economica da Amazonia. (p. 52 e 217 – ver tabela);
- O crescimento das exportações modificaram o espaço.
- A economia gomífera demandou melhoria dos transportes, etc.
“Baseada sobre a produção extensiva que caracterizava o extrativismo, a expansão da produção de borracha na Amazônia estava diretamente relacionada à expansão territorial e à incorporação de mão-de-obra” p. 51.
- 1853 = BARÃO DE MAUÁ introduz a navegação à vapor nos rios amazônicos. Manaus/Belem que demorava três meses, passou a ser feita em 20 dias. Essa estrutura facilitou a migração nordestina.
- Manaus e Belém estavam mais preocupados em arrecadar impostos do que com a ocupação territorial propriamente dita. Distribuíam concessão de posse de seringais e promoviam os assentamentos dos migrantes. Concomitante, intermediários passaram a organizar campanhas migratórias ou de recrutamento de mão-de-obra.
-1878 = João Gabriel fundou boca do acre. Fundou o primeiro seringal.
“O que orientava a ocupação territorial era a busca acelerada por novas áreas produtoras de borracha e não a estratégia de ocupação territorial” p. 55.
- Roberto Santos = Acre em 1904 representava 8,3% da produção de borracha amazônica.
- Euclides da Cunha: “não se conhece na história exemplo mais golpeante de emigração tão anárquica”.
- “fronteira dos ressuscitados” Tocantins, p. 15.
- Primeira república = concepção de território nacional = descentralização federalista.
- A cordilheira dos Andes dificultava a ocupação do acre por bolivianos. “Para alcançar os vales dos rios Acre e Purus [...] este percurso durava em média seis meses” p. 63.
- Discurso de Paravici apud TOCANTINS.
- 1898 = Posto alfandegário boliviano em Puerto Alonso.
- O governo do amazonas não reconheceu a autoridade boliviana. Nomeou subprefeitos para as vilas do are e emitiu títulos de terras. Tudo par a impedir a tomada do território.
- 1899 = o governador do amazonas contratou e financiou galvez para uma missão expedicionária ao Acre.
Marcio Souza. Galvez imperador do Acre, p. 126.
- O governo do amazonas financiou Galvez, mas não abertamente... tudo isso fez para negociar o pagamento de indenização em troca do direito ao território. Ler Tocantins. P. 312.
- 1901 = o vice-presidente e o ministro de guerra vem tomar posse novamente. Gerou confronto armados, mas prevaleceu. Isso prejudicava por demais as arrecadações do amazonas. Foi Silverio Neri quem financiou uma nova expedição, a de Plácido de Castro.
1901 = o Brasil proibiu a livre navegação em rios da amazonia brasileira, o que impedia o acesso e a posse do acre pelos sócios do Bolivian Syndicate. O Governo enviou tropas ao local e indicou o barão para negociar.
- O interesse internacional pela região pode ser vista quando o brasil foi pressionado na década de 1840 a liberar os rios amazônicos a navegação estrangeiras.

4. A INTEGRAÇÃO DO ACRE AO ESPAÇO NACIONAL – 1930 a 1975 (p. 93).

5. A CONSOLIDAÇÃO DA INTEGRAÇÃO DO ACRE - 1975 a 2004 (p. 131)

6. O ACRE NOS PRIMEIROS ANOS DO SÉCULO XXI (p. 193)

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS (p. 242)

8. REFERÊNCIAIS BIBLIOGRÁFICOS (p. 248).
Programa de Zoneamento Ecológico-econômico do Estado do Acre (Volumes I a III).
Plano Plurianual do Governo.
Jornal P.20 (17/7/2004) – Ministério libera 11 milhões para o Acre.
BEZERRA, Maria José. Cidade de Rio Branco – a marca de um tempo.
CALAÇA, Manoel. Características da pequena produção no Estado do Acre. (Dissertação).
CORDEIRO, Mancio. Considerações acerca da nova dinâmica da produção de matérias-primas na Amazônia. (Dissertação).
MACIEL, Raimundo Cláudio Gomes. Ilhas de alta produtividade: inovação essencial para a manutenção dos seringueiros nas reservas extrativistas. 2003.
MAGNOLI, Demétrio. O corpo da pátria: imaginação geográfica e política externa no Brasil (1808-1912).
MORALES, Lúcia Arrais. Vai e vem, vira e volta: as rotas dos soldados da borracha. (Tese/UFRJ).







quinta-feira, 27 de junho de 2013

“A História não é como a estatística que, devidamente manipulada, diz o que queremos. Mesmo assim há quem insista em torturá-la, exigindo que ela confesse crimes que não cometeu”. Jaime Pinsky

PINSKY, Jaime. Por que gostamos de história.  São Paulo: Contexto, 2013.

Partidos de Esquerda no Acre apoiam IMORALIDADE POLÍTICA.

Pensão vitalícia de ex-governadores do Acre é uma imoralidade contra o povo


O governo do Acre gasta por ano R$ 4,6 milhões do contribuinte com o pagamento de pensão vitalícia aos ex-governadores do Estado. Trata-se de uma imoralidade contra a qual a sociedade começa a se mobilizar nas redes sociais para exigir um ponto final, pois tira verba pública de áreas sensíveis, como saúde e educação, para sustentar uma casta de privilegiados.

O valor mensal bruto do benefício de R$ 25.323,51 é destinado a um seleto grupo de 14 pessoas, o que inclui viúvas de ex-governadores e ex-governadores no exercício de mandato parlamentar.

O senador Jorge Viana (PT-AC) e o deputado Flaviano Melo (PMDB-AC), por exemplo, acumulam a pensão vitalícia de R$ 25.323,51 com o salário que recebem do Congresso. Ambos ganham mais de R$ 50 mil por mês.

Não existe nada melhor no Acre do que ser ex-governador, mulher ou filho menor de ex-governador, que podem herdar o benefício da pensão vitalícia.

Eis a lista, em ordem alfabética, dos beneficiários da pensão vitalícia:

Binho Marques, Beatriz Barroso Pardo de Cameli, Flaviano Melo, Iolanda Lima, Jorge Viana, Leila Ribas Wanderley Dantas, Maria Fátima Barbosa de Almeida, Maria Lúcia Mello de Araújo, Maria Olivia Sá de Mesquita, Mary Dalva Proença Cerqueira, Nabor Júnior,  Ovília de Alencar Lino, Romildo Magalhães, Teresinha Kalume.

O deputado estadual Gilberto Diniz (PTdoB) apresentou nesta quarta-feira (26) uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) para eliminar da Constituição do Acre a lei que autoriza o pagamento de pensão vitalícia a ex-governadores. Apenas cinco deputados assinaram a PEC 02/2013: Wesley Rocha (PSDB), Toinha Vieira (PSDB),  Antônia Sales (PMDB) e Chagas Romão (PMDB).

O fim do pagamento da pensão vitalícia chegou a ser aprovado pela Assembleia do Acre durante a gestão do então governador Orleir Cameli. Com a popularidade em baixa e decidido a não concorrer à reeleição, Cameli pediu à base aliada que aprovasse o fim da pensão vitalícia e foi atendido.

Cameli tomou a iniciativa na tentativa de privar o petista Jorge Viana do benefício, pois era um político em ascensão e as pesquisas indicavam que seria eleito governador do Acre. Porém, Viana fez um obscuro acordo com o então deputado estadual Vagner Sales (PMDB), primo de Cameli, que apresentou e obteve aprovação do que restabeleceu a pensão vitalícia.

O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) ajuizou Ações Diretas de Inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal (STF) contra os dispositivos das Constituições de Estados que concedem aposentadorias vitalícias a ex-governadores.

O caso se arrasta no STF desde 2011. Os ministros estudam julgar em conjunto as diversas ações que contestam o pagamento de pensão para ex-governadores de estado.

A ministra Cármen Lúcia, relatora do processo que contesta a Constituição do Pará, que institui o benefício para ex-governadores do estado, votou pela derrubada do benefício.

O julgamento do caso foi adiado por pedido de vista do ministro Dias Toffoli e há diversas ações contra Constituições de outros estados distribuídas entre os ministros do tribunal.

O estudante de direito Gabriel Santos, que participou da organização do "Dia do Basta", no sábado (22), quando mais de 20 mil pessoas protestaram em Rio Branco (AC), já começou a mobilizar a população em redes sociais contra a pensão vitalícia.

- O STF precisa julgar logo as Ações Diretas de Inconstitucionalidade ajuizadas pela OAB contra dispositivos de Constituições de Estados que concedem aposentadorias vitalícias a ex-governadores. A PEC apresentada no Acre, caso seja aprovada, teria força apenas de impedir que os novos ex-governadores recebam o benefício. Quem já recebe, continuaria se locupletando - disse.

O movimento Dia do Basta vai coletar assinaturas contra a pensão vitalícia.  Gabriel Santos assinala que a PEC 02/2013, da Assembleia, não retroage, mas se tivesse sido aprovada muito dinheiro dos cofres públicos teria sido poupado.

- Não devemos ficar esperando. Devemos fazer a nossa parte e pressionar os deputados estaduais, para que votem a PEC. Na próxima semana saberemos quais são os deputados estaduais que são a favor dessa pouca vergonha. Eles não irão dormir enquanto não acabarem com essa pensão. Se a proposta não passar, a Assembleia Legislativa vai conhecer o poder que o povo do Acre tem. Os deputados que forem contra, se arrependerão amargamente. Vamos fazer questão de lembrar ao eleitorado quem está contra os interesses do povo - acrescentou o estudante.

Transcrevo artigo do professor Luiz Flávio Gomes, mestre em direito penal pela USP, publicado no site Consultor Jurídico, em janeiro de 2011.

Pensão para ex-governador é incostitucional, por Luiz Flávio Gomes

"Não é a lei que precisa ser forte, mas a carne que não pode ser fraca." (Roberto Campos)

Cerca de R$ 30,5 milhões são gastos anualmente pelos estados com aposentadorias e pensões para ex-governadores ou suas viúvas (Capital News). A imoralidade é infinita e conta com a conivência de leis estaduais aberrantes, decisões judiciais locais, Ministério Público tolerante etc.

O patrimônio público continua sendo tratado como dinheiro privado. Os homens públicos brasileiros, em geral, não pensam na república, sim, neles mesmos. Os valores republicanos da moralidade e da honestidade são atacados diariamente.

Vamos à polêmica jurídica: a antiga Constituição (a 7ª Constituição Federal do Brasil — conhecida como Emenda Constitucional 1, de 17.10.69) previa o benefício para os ex-presidentes. Por simetria, algumas Constituições Estaduais adotaram a mesma benesse para os governadores.

A nova Constituição (CF de 05.10.1988), no entanto, não traz previsão no sentido da anterior, ou seja, "o Constituinte de 88 não alçou esse tema a nível constitucional" (ADI/MC 1.461-7).

Conclusão: o deferimento de pensões após a Constituinte de 1988 contraria a nova ordem constitucional. O STF decidiu pela inconstitucionalidade das pensões concedidas após a CF de 88 porque, de acordo com a relatora da ADI 3.853, a ministra Cármen Lúcia, o comportamento adotado pelos estados desatende, a um só tempo, os princípios da moralidade, impessoalidade, isonomia e simetria (porque não existe mais o precedente da Carta de 1969, relativo ao seu art. 184), implicando em retribuição pecuniária a título gratuito.

Mesmo com a inconstitucionalidade declarada pelo STF, no julgamento da ADI 3.853, os estados retrocederam ou revisaram as pensões que continuam a ser pagas, com exceção do pedido do ex-governador do Mato Grosso do Sul, Zeca do PT, cuja pensão foi cassada pelo STF (ADI/MC 1.461-7).

Um governador por dez dias criou lei em benefício próprio (MT). Quem governou por apenas um ou dois dias também recebe a pensão (MT). Há ex-governador que recebe duas pensões (MS-MT). Em Minas Gerais aprovaram uma lei, há poucos dias, para esconder o fato de que Aécio Neves também recebe o benefício. A reação das OABs contra essas malandragens generalizadas está muito correta.

O STF deveria editar urgentemente uma Súmula Vinculante, para coibir esses abusos infinitos, que são mais imorais ainda quando consideramos a miséria e a pobreza da grande maioria da população brasileira.

Fonte: http://altino.blogspot.com.br/2013/06/pensao-vitalicia-dos-ex-governadores-do.html

Por que gostamos de História

sábado, 22 de junho de 2013

Movimentos Sociais no Acre: o DIA DO BASTA e o Fora PT!


Manifestação tranquila. Sem nenhum ato de vandalismo a não ser o FORA PT no muro do Palácio Rio Branco.

Mas veja o que o Jornal do Governo anunciou.


MULHER CONTRA MULHER: Esposa do Governador do Acre defende os amigos do marido suspeitos de crime agredindo desembargadora que autorizou a prisão preventiva dos acusados


MULHERES "PELEGAS" defendem senador do PT que agrediu a intimidade de desembargadora do TJ-Acre

Tudo foi um teatro. A matéria quer mostrar que o movimento foi um ato espontâneo. Mas foi previamente pensado nos gabinetes políticos dos Homens que exercem mandato. As mulheres acreanas petistas ainda não se emanciparam!

O texto diz: 
"Depois de reafirmarem sua confiança no senador, as mulheres leram um manifesto no qual reconheceram a luta do senador e sua trajetória em prol das causas feministas e o seu respeito à equidade de gênero".

kkkk .... só esqueceram de mencionar exatamente o que o senador fez até hoje em prol das causas femininas...kakkaka... RESP. nada!


sexta-feira, 21 de junho de 2013

Resumo do livro. Arthur Ferreira Reis. Amazônia e a Cobiça Internacional.

Arthur Ferreira Reis. Amazônia e a Cobiça Internacional.                                       5º Ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1982, p. 213.

Por Eduardo Carneiro 

- O autor foi governador do Amazonas.
“Se continuar a ausência criminosa do poder público, poderemos acordar com o extremo norte sob o domínio de estranhos”.
“A afirmação de que as soberanias nacionais devem ceder aos interesses da humanidade, quando essas soberanias se revelarem incapazes de exercer os atos de progresso e segurança”.
“É preciso fazer um inventário sobre o valor da Amazônia”.

CAP.1 – Mundo Tropical e Empório de Matérias-Primas (p. 13).
- A economia da Amazônia é uma economia realizada sob práticas primárias, marcada fundamentalmente, pela extração de produtos florestais. As sociedades amazônicas foram estruturadas em função da atividade extrativa. A conquista da região efetuou-se por motivos econômicos.
- Mata espessa e semi-aquática, terreno submetido a um regime fluvial, alto volume d’água que arrasta as plantações, falta de mão-de-obra foram barreiras para a agricultura na região.
- Os portugueses para lançar fora os concorrentes, penetraram a Amazônia em todas as direções. Os estrangeiros não estavam servindo a objetivos científicos ou espirituais como alegavam, mas à cobiça mercantil.
- Especiarias amazônidas que viraram negócios: cacau, salsa, puxuri, bálsamo de umari, cravo, baunilha, canela, breu, resinas e sementes oleaginosas, quina, salsaparrilha, urucu e madeiras. Com a descoberta econômica da borracha, a floresta sofreu uma ofensiva em grande escala, muito mais que a do período colonial. Tosos os rios, onde os seringais eram descobertos, foram tendo as suas margens ocupadas.
- O Acre foi resultado, como espaço brasileiro, do esforço dessa penetração. Ninguém sabia por onde corriam as linhas de limites, não se haviam ainda fixado pelas demarcações.
- A história do processo econômico da Amazônia brasileira tem sido representada pelos altos e baixos da procura dos produtos florestais e animais da região, procura essa efetuada pelo mercado externo.
- Quanto à floresta, constitui a maior extensão contínua de toda a terra. A riqueza da flora é superior ao da fauna. Não tem animais de alto porte, no entanto, é rica em pássaros, peixes e mosquitos.
- O interesse dos países imperialistas pelas riquezas amazônicas não é de hoje, mas remonta o próprio descobrimento da região pelos espanhóis.
- A História Econômica da Região Amazônica é escrita em função da demanda externa pelos produtos florestais e animais da região.
- A corrida dos países industrializados pelas fontes de matérias-primas fez dessa região um alvo constante do capital internacional.
“A economia da Amazônia é uma economia realizada sob práticas primárias, marcada fundamentalmente pela extração de produtos florestais”
“As sociedades amazônicas foram estruturados em função da atividade extrativa”.
“A conquista da região efetuou-se por motivos econômicos [...] o que os movia a tal atividade era a cobiça mercantil” (p. 17, 18). Vivia-se o “grande ciclo econômico do mercantilismo”.
- Dificuldades na agricultura por conta da mata espessa e semi-aquática. Terreno submetido a um regime fluvial; o volume de águas que arrasta as plantações. Falta de mão-de-obra que superasse as barreiras.
“O Acre foi resultado, como espaço físico brasileiro, do esforço quase guerrilheiro”.
- Amazônia representa dois quintos do território sul-americano: Bolívia, peru, equador, Colômbia e venezuela. Cerca de 6,5 milhões km.
- Ingleses e Holandeses procuraram fazer a exploração mercantil das espécies vegetais  e animais que puderam tornar nos mercados da Europa, interessantes e cobiçados.
- Os portugueses para lançar fora os concorrentes, penetraram a Amazônia em todas as direções.
 - Toda a operação expansionista, para alcançar novas terras e desvendar oceanos, ligava-se, fundamentalmente, a esse estado de espírito, que era um material evidente, sobreposto às preocupações espirituais, como nas cruzadas. Espírito esse que também pode ser encontrado na grandiosa empresa descobridora e colonial, mas não teve igual vigor, a mesma intensidade como explicação do movimento de expansão de criação do novo mundo colonial.
- Especiarias amazônicas que viraram negócios: cacau, salsa, bálsamo, cravo, baunilha, canela, sementes oleaginosas, quina, urucu, marajuru, madeiras, etc.
- O Comércio explicou a permanência do luso-brasileiro na região, sua adaptação e mestiçagem.
- Durante o comércio do látex, “a floresta sofreu, então, uma ofensiva em grande escala, muito mais que a do período colonial” (p. 19). Todos os rios onde se encontrou seringueira tiveram suas margens ocupadas.
“O Acre foi resultado enquanto esforço físico brasileiro, do esforço dessa penetração” (p. 20)  em busca das seringueiras.
“Quando as autoridades da Bolívia e do Peru procuraram nos vales dos rios Purus, Acre e Juruá, executarem os atos de soberania que lhes pareciam legais, encontraram toda aquela imensa zona de trabalho produtivo ocupado pelas levas de sertanistas brasileiros, vindos pelas águas inequivocadamente brasileiras de acesso fácil à região” p. 20.
- 1870/1914 = a produção de borracha no amazonas atingiu 800.000 toneladas.
“A História do Processo Econômico da Amazônia brasileira tem sido representada pelos latos e baixos da procura dos produtos florestais e animais da região” p. 20.
- Procura essa realizada pelo mercado externo.
- A fronteira política não tem qualquer sentido demográfico, tendo em vista que se configura um deserto.
- O local só é atrativo enquanto possibilidades econômicas.

CAP. 2 – Ingleses, Irlandeses e Holandeses tentaram a primeira surtida (p. 22)
- Foram os espanhóis que propuseram a Amazônia no campo das cogitações, indicando-lhe tanto a existência, QUANTO AS RIQUEZAS.
- No entanto, não foram os espanhóis os primeiros exploradores e sim os ingleses e holandeses.
- Em 1598, os holandeses realizaram a primeira expedição à guiana, no ano seguinte alcançaram o amazonas.
- Os holandeses montam entre os índios uma Casa Forte, quando a serviço da Companhia das Índias Ocidentais em 1630.
- Em 1613, os ingleses pretenderam criar na Amazônia uma base do império britânico.
- A cobiça britânica pela Amazônia não se expressava apenas nas cartas patentes das Companhias organizadas com o capital privado e o ardor de aventureiros, mas pela intervenção (depois de 1613) direta da coroa.
- O Grande Vale é ocupado sob a proteção armada inglesa. (p. 29).
- Houve conflito armado pela região desde o início entre os concorrentes.
- O projeto irlandês, dada a resistência que se lhe fez, nos meios governamentais, não foi adiante, e com ele encerrou-se a primeira fase do interesse batavo-britânico pelas terras e águas da Amazônia.

CAP. 3 – Portugueses e Espanhóis disputam o domínio (p. 33)
- A empresa espiritual dos religiosos espanhóis foi o instrumento usado a fim de recuperar as terras dos portugueses.
- 1740 = o conselho das índias decidiu ordenar a recuperação imediata de todo o imenso espaço de que os luso-brasileiros estavam senhores, no entanto, a ação militar foi programada.
- 1750 = Tratado de Madri,  a Espanha toma conhecimento do que deixou abandonado. O tratado reconhecia a expansão brasileira realizada em nome de Portugal.

CAP. 4 – Os Franceses Participam da Aventura (p. 38)
- Expansão portuguesa amazônica = garantir a posse das especiarias e para servir aos objetivos imperiais que estavam no fundo de toda a empresa descobridora e colonialista.
- Portugal dominava a Amazônia pelo direito de descobrimento e conquista. Os tratados legalizavam o domínio.
- O empossamento da Amazônia não pode ser desligado do plano político da ação direta que Portugal executou nas demais partes do Brasil.
- O apetite capitalista não tem limite, para conseguir inversões lucrativas e expandir o capital, as mortes de milhares de vidas tornam-se uma ocasional necessidade.
- Será necessário saber se os portugueses tiveram realmente um plano para o Brasil ou se toda a ação que desenvolveram foi imediatista, fruto de iniciativa momentânea ou individualista.
- Existia o propósito de formar um império um império lusitano no sul da América.
- Enfrentar o rigor ambiental amazônico, no momento em que começavam a perder a Índia, das especiarias rendosas do grande comércio que impulsionou os descobrimentos, os portugueses imaginaram ter encontrado na riqueza (vegetal e animal) da Amazônia o sucedâneo daquela especiaria.
- A economia que realizaram foi a coleta das Drogas do Sertão que exportavam para Lisboa. A coleta foi base da expansão territorial realizada.
“No tocante à economia, os portugueses imaginando ter encontrado na Amazônia, os sucedâneos para as especiarias que estavam a perder no oriente” (p. 47).
- Os portugueses não enfrentaram a hostilidade dos concorrentes apenas pelas armas, mas no campo diplomático, com evidente sucesso.

CAP. 4 – Os Ingleses Sugerem a Secessão (p. 50)
- Cabanagem = em 1834, Belém foi atacada violentamente em 7 de janeiro. Os cabanos eram caboclos que viviam ao longo dos rios. Cobraram aos portugueses a miséria por que passavam.
- O resultado foi 40 mil mortos. Essa foi a forma como a unidade brasileira foi formada.
- Houve sugestões de que a Amazônia se desligasse do Brasil, tornando-se um estado autônomo sob proteção inglesa e americana.

CAP. 5 – A Navegação do Amazonas (p. 55)
- A Amazônia, no período colonial permanecera fechada aos estrangeiros. “A Amazônia recusava-se a civilizar-se”.
- A Amazônia aparecia no imaginário estrangeiro como um mundo paradisíaco, capaz de trazer felicidade a todo aquele que se dispusesse a instalar-se nela.

CAP. 6 – Expedições Científicas Escondiam Propósitos (p. 79).
“Os portugueses mantinham a Amazônia fechada aos olhares perigosos dos estrangeiros”
- Executavam uma política de isolamento.
- O estudo do meio físico, das possibilidades econômicas regionais, o conhecimento pormenorizado do que valia a colônia poderia despertar o APETITE dos países em expansão.
- As expedições científicas que procuravam o grande vale, seguramente não viriam apenas para servir as exigências ou aos interesses da ciência. Serviriam aos interesses políticos, imperiais dos países que as houvesse expedido. A espionagem era uma constante.
- CHARLES LA CONDAMINE, da academia de Paris, fora despachado ao equador para realizar a medicação do arco do meridiano. Outros cientistas espanhóis o acompanhavam. Atinge a Amazônia, desce o Solimões e chega até Belém. Ele revelaria em paris a utilização econômica do leite das seringueiras.
- No século XIX, desceu para o Brasil cientistas de toda. Era época do Imperialismo.
- Os cientistas serviam aos apetites lucrativos de suas pátrias. Estavam ligados à idéia de superioridade das raças, que teria missão civilizadora. Foram instrumentos de expansão colonialista.
- As expedições científicas que percorriam a Amazônia fizeram um inventário do que a região valia, do que ela tinha de útil, economicamente falando.

CAP. 7 – Os Franceses pretendem o Amapá (p. 89).
Os franceses estabeleceram uma posição militar no Amapá em 1836, penetrando pela fronteira das guianas. A pretensão era incorporar o Pará. O destacamento dos franceses visava a colonização da região.

CAP. 8 – Os ingleses penetram no Rio Branco (p. 99)

CAP. 9 – Viajantes e Sugestões Separatistas (p. 110)
- A Europa atribuiu a ela própria uma missão civilizadora. Isso escondia o apetite desenfreado que tinha às materiais-primas que existiam nos trópicos.
“O porto de Manaus e o de Belém [...] os serviços de luz, bondes, água e esgotos eram atribuídos, por concessão, a Companhias Estrangeiras. O capital para todo esse melhoramento era inglês e norte-americano”.
- Encontrava-se em pleno funcionamento na Amazônia em 1903, seringais que eram movimentados por empresas francesas. O mais sério estava no fato de as chamadas FIRMAS EXPORTADORAS serem na sua quase totalidade ESTRANGEIRAS, e funcionavam como agências bancárias de financiamento da produção gomífera.
- Não se sabe o quanto essas agências estrangeiras INVESTIRAM na Amazônia (p. 115).
“A Amazônia constituía-se em uma fonte que parecia inesgotável de recursos”.
- A economia que nela se realizava era PREDATÓRIA.
“Manaus e Belém cresciam em função de sua ligação com o exterior” (p. 120).
Comia-se, vestia-se e bebia-se do que vinha de fora. As duas cidades adotavam hábitos de cidades européias.
- Parece que os países estrangeiros almejavam conquistas políticas na região, e mais os lucros com a extração das riquezas locais.  Investiam mais em terras orientais, pois nelas desejavam utilizar as terras num empreendimento em longo prazo.
- Deixando de lado o propósito de expansão territorial fora dos limites que já se haviam traçados. OS RISCOS eram grandes, e se as experimentavam é porque alimentavam certa esperança ou uma certeza de êxito que os levasse a preferi-las às terras amazônicas. (????).
“Manaus e Belém crescia em função de sua ligação com o exterior” (p.120).
 “O episódio do arrendamento do Acre ao Bolivian Syndicate é muito expressivo. Ocorreu antes da haveicultura oriental. Nem por isso deixou de significar intenção imperialista” p. 120.
- O sucesso oriental não bastava. “O apetite capitalista não tinha limite”.

CAP. 10 –  O “bolivian Syndicate” e o caso do Acre (p. 122)

- AUTOR diz que a conquista do Acre foi em conseqüência do “rush” da borracha e que a aduana boliviana foi o estopim da guerra. Assim, deixa claro o interesse econômico em todas as estratégias da Revolução Acreana.
 - A Bolívia tinha o tratado de Santo Ildefonso como decisão última sobre as fronteiras.
- A demarcação definida pelo Tratado de Ayacucho (1867)  não se processou imediatamente. Vários problemas surgiram depois. Ver p. 124.
- A Guerra do Pacífico não permitiu a Bolívia proceder a ocupação das terras.
“A expansão brasileira, pelos rios madeira/Purus/acre e Juruá, processara-se com grande velocidade”. O Rush da borracha era o grande motivo dessa velocidade.
- 19 de fevereiro de 1895 = a Bolívia consegue permissão de instalar uma aduana no Acre, justamente no rio onde a atividade brasileira era mais intensa e rendosa.
- A aduana serviu de estopim para os pronunciamentos armados dos brasileiros que se julgavam traídos com a presença das autoridades bolivianos. Queriam permanecer sob a soberania brasileira.
“O espaço amazônico era um espaço tropical de um mundo por explorar” p. 126.
- O boliviano Avelino Aramayo, ligado ao capital internacional, integrado ao espírito do século, de empresas em grande estilo, concebeu um plano para enfrentar a situação. O PLANO seria uma companhia que capitalizasse a energia financeira dos banqueiros  e homens de negócios da Inglaterra, Alemanha e EUA.
- O Bolivian Sindycate seria a força internacional capaz de opor-se aos desejos do Brasil.
“Comerciantes das praças de Belém e Manaus tinham financiado até então todo o negócio do DESCOBRIMENTO DO ACRE, montagem de seringais e extração da borracha” p.  127.
- LER TEXTO (p. 128) do arrendamento.
 “No rush da borracha, o capital estrangeiro correu para a Amazônia e foi investido de mil maneiras” (p. 135).
- Se não se desnacionalizou a região é porque não tiveram tempo. A crise veio rápida.
“Comparecera para os lucros do negócio gomífero, visando unicamente os lucros. Era essa a sua conduta em toda parte. Não seria, seguramente, na Amazônia, uma exceção” p. 136.
- Em 1922, o governador amazonense Rêgo Monteiro tentou um empréstimo externo fazendo concessões ao capital internacional. “Pela primeira vez o distrito federal votou um empréstimo feito por um estado, a soberania estava em perigo” p. 141.

CAP. 11 – A que vinha a Expedição Inglesa?

CAP.12 – O episódio da hiléia (p. 155)

CAP. 13 – A pressão dos interesses universais (p. 169).
- A industrialização do mundo está ligada ao da produção de matérias-primas.
- As matérias-primas eram obtidas antes por conquistas imperialistas – colonialismo.
- Inventou-se os sintéticos, mas a busca pelas matérias-primas continuou.
“Os interesses da humanidade sempre foram alegados por aqueles que pretenderam dominá-la”.

CAP. 14 – O pacto amazônico (p. 197)
Quanto a presença do capital estrangeiro, tendo principiado intensamente no ciclo da borracha em Manaus e Belém, afirmou-se por meio das empresas que financiavam a exploração dos seringais e serviços públicos (luz, telefone, etc). Nos dias atuais esse capital voltou a agir, agora na área da mineração, na atividade madeireira, na atividade pastoril. O mais grave é o desmatamento”.

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mostra que o interesse dos países imperialistas pelas riquezas amazônicas não é de hoje, mas remonta o próprio descobrimento da região pelos espanhóis.
A história econômica da região Amazônica é escrita em função da demanda externa pelos produtos florestais e animais da região. A corrida dos países industrializados pelas fontes de matérias-primas fez dessa região um alvo constante do capital internacional,
“Manaus e Belém crescia em função de sua ligação com o exterior” (p.120).
“No rush da borracha, o capital estrangeiro correu para a Amazônia e foi investido de mil maneiras” (p. 135).
“... a conquista da região efetuou-se por motivos econômicos... não estavam servindo a qualquer objetivo científico ou espiritual ponderante, o que os movia a tal atividade era a cobiça mercantil” (p. 17).

         O Acre é resultado do esforço brasileiro em penetrar a floresta em busca das seringueiras,

“a floresta sofreu, então, uma ofensiva em grande escala, muito mais que a do período colonial” (p. 19).

        
O apetite capitalista não tem limite, para conseguir inversões lucrativas e expandir o capital, as mortes de milhares de vidas tornam-se uma ocasional necessidade.
No capítulo 10 do livro, O “bolivian Syndicate e o caso do Acre”, o AUTOR diz que a conquista do Acre foi em conseqüência do “rush” da borracha e que a aduana boliviana foi o estopim da guerra. Assim, deixa claro o interesse econômico em todas as estratégias da Revolução Acreana.


quinta-feira, 20 de junho de 2013

Governo do PT no Acre quer endividar o Estado com empréstimos.

Os empréstimos que o Governo do PT já fez ultrapassam a ordem dos 2,8 bilhões. Governo não sabe trabalhar com o que tem e fica querendo mostrar serviço endividando o Estado.

Essa política do endividamento do Estado é uma cópia do que fez os Governos Militares no Brasil.

Gestor bom é aquele que sabe fazer com o que tem.

72 milhões de dólares é a soma do mais novo empréstimo que o governo quer ABOCANHAR. Os dividendos políticos do empréstimos ele mostra para o povo imediatamente, por meio de obras (superfaturadas como a denuncia do G7), mas a dívida ele coloca para os outros paragem, pois divide o empréstimos em 25 anos.

BASTA

Governo do PT gasta 28 bilhões em obras no Estádio do Maracanã. O PIB do Acre é de 8,5 bilhões ao ano. Se vc acha isso uma INJUSTIÇA, PROTESTE. BASTAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!


 sábado (22), às 16h30, em frente ao Palácio Rio Branco, 

A Manifestação é contra o Partido dos Trabalhadores, diz estudante. É partido de mafiosos, acrescenta. Partido que governo em prol dos empreiteiros.

Senador do Parido dos trabalhadores do Acre é uma vergonha nacional

Fonte: www. altino.blogspot.com

Magistrados consideram Aníbal Diniz exemplo negativo para a juventude



"A Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) e a Associação dos Magistrados do Acre (ASMAC) considerando as declarações proferidas pelo senador Aníbal Diniz (PT-AC) contra as Desembargadoras Cezarinete Angelim e Denise Bonfim, em ato público realizado em Rio Branco/AC, no dia último dia 13 ofendendo-as em razão da sua condição feminina vêm a público:

1) REPUDIAR a manifestação do parlamentar, que não guarda compatibilidade com o equilíbrio, urbanidade e espírito republicano esperados e exigidos pela sociedade de integrante do Senado Federal, pois não são os cargos que honram os homens, mas os homens que devem dignificar os seus cargos;

2) LAMENTAR o exemplo negativo do senador para a juventude brasileira, a qual, como noticia amplamente a imprensa nacional, mostra-se insatisfeita com os modelos políticos e institucionais praticados no país. Nesse contexto, em nada contribui para o amadurecimento da nação declaração permeada de discriminação contra a mulher. Mais útil é a atuação parlamentar quando, antes de construir conceitos, dedica-se à destruição de preconceitos;

3) MANIFESTAR solidariedade às magistradas Cezarinete Angelim e Denise Bonfim, que gravaram nas suas biografias anos de dedicação e compromisso com a magistratura brasileira.

Nelson Calandra
Presidente da AMB

Raimundo Nonato da Costa Maia
Presidente da Asmac"



segunda-feira, 17 de junho de 2013

SANTOS DO "PAU-OCO" - Líderes do Partido dos Trabalhadores no Acre + empreiteiros + corrupção

Sebastião e Jorge Viana denunciaram no passado, empreiteiros que defendem no presente

17 de junho de 2013 - 10:35:23
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Ray Melo, da redação de ac24horas
raymelo.ac@gmail.com
Os irmãos Sebastião e Jorge Viana, líderes do Partido dos Trabalhadores no Acre, tem se alternado na defesa dos empreiteiros envolvidos na Operação G7, da Polícia Federal, mas as relações dos políticos mais poderosos do Estado nem sempre foram de respeito e amabilidades com alguns dos acusados por crimes de formação de cartel, falsidade ideológica, corrupção ativa e passiva, formação de quadrilha, fraude em licitação e desvio de verbas públicas do Sistema Único de Saúde.
Quando o governador Sebastião Viana diz: “eu conheço todas as pessoas que estão presas ali; são presos políticos, são inocentes”, ele estaria falando com conhecimento de causa. No dia 18 de setembro de 1995, os irmãos Viana apresentaram uma denúncia coletiva juntamente com outros políticos ligados a FPA, sobre a execução de obras de reforma do Pronto Socorro de Rio Branco, no valor de mais de R$ 2 milhões – sem que se realizasse processo licitatório. NA época os acusados eram João Oliveira de Albuquerque, Carlos Takashi Sasai e Sérgio Tsuyoshi Murata (hoje envolvidos na Operação G7). Naquele ano, o médico Sebastião Viana e o prefeito de Rio Branco, Jorge Viana denunciaram os empreiteiros no Ministério Público Federal (MPF), que a encaminhou a Ação Penal nº 262 – AC (1995/0066122-5) ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).
A denúncia envolvia ainda o então governador  Orleir Cameli e o secretário de Saúde, José Bestene. O processo aponta que cinco empresas teriam sido contratadas sem licitação, para execução de obras de recuperação e reforma do Hospital de Base e Pronto Socorro de Rio Branco. Na ação é citado como justificativa para a reforma emergencial, o famoso episódio alardeado pelos políticos da FPA, que ratos estariam roendo o pé de um paciente.
Segundo os autos do processo, a manobra teria gerado um ganho ilícito de US$ 1 milhão – para os dirigentes empresariais João Oliveira de Albuquerque, Sérgio Tsuyoshi Murata, Carlos Takashi Sasai, Allan Ascendino Carlos da Silva e Paulo Roberto Cavalcanti. Os três primeiros citados nas irregularidades das obras de reforma do Pronto Socorro, em 1995, fazem parte da lista de indiciados na Operação G7 – que investiga fraudes de licitação de obras, atualmente.
Com o termino do mandado de Cameli, o foro por prerrogativa de função deixou de existir e o processo foi remetido ao Tribunal de Justiça do Acre (TJ-AC), em 11 de outubro de 2005. A Ação Penal de “crimes de responsabilidade contra a guarda e o legal emprego dos dinheiros públicos” que envolve os empreiteiros continua em tramitação no TJ Acre. A última movimentação do processo foi feita no dia 10 de junho deste ano.
Atualmente, Sebastião e Jorge Viana fazem a defesa intransigente de João Oliveira de Albuquerque, Sérgio Tsuyoshi Murata e Carlos Takashi Sasai. Apesar de denunciar no passado, os empreiteiros por crimes em execução de obras em governos de oposição ao PT, a cúpula petista passou a receber generosas doações de campanha dos empresários, que por sua vez estariam executando a maioria das obras nas quatro administrações petista no Governo do Acre.
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