segunda-feira, 30 de maio de 2011

Como é possível carro fabricado no Brasil ser vendido no exterior pela metade do valor que é vendido aqui e com lucro?

 
 "no senado, sujeira pra todo lado ninguem respeita constituição, mas todos acreditam no futuro da nação.....que país é esse?????" Renato Russo.
 
ESSE É O PAÍS QUE OS TRABALHADORES SONHARAM... Continuemos votando... e o Brasil continuará entre os maiores cobrados de impostos do mundo... De alguma forma tem que APARECER DINHEIRO para acalmar a fome daqueles que fazem desse país um dos mais corruptos do Mundo!!!! 


E VIVA O POVO BRASILEIRO, feito de heróis!!!

 Simplesmente uma vergonha meus irmãos!!!!!!!!!!! 
                Vamos divulgar esta mensagem!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Viva a República dos Palhaços!!!!!


 
   

Honda City brasileiro - VERGONHA!
     
Para os patriotas de plantão!!!!
Vai fundo brasileiro pagador de impostos !!!! Continuem vendo carnaval, BBB 11, futebol e novela, é o que os políticos "trabalhadores" querem !!!!!!
 
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Honda City brasileiro é lançado no México com preço inicial de R$ 25.800 – Como é possível?

A Honda lança no México o novo City. O sedan brasileiro, produzido na fábrica da Honda localizada em Sumaré – SP , chega ao mercado mexicano com apenas duas importantes diferenças: a primeira é a entrega com mais equipamentos desde a versão de entrada e a segunda é o preço equivalente a menos da metade do cobrado no Brasil.

No México, todas as versões são equipadas com freios à disco nas quatro rodas com ABS e EBD, airbag duplo, ar condicionado além dos vidros, travas e retrovisores elétricos. O motor é o mesmo que equipa a versão vendida no Brasil, ou seja, um 1.5 litro que entrega 116 cv de potência.

Por lá, a versão de entrada será oferecida por 197 mil pesos mexicanos, o que equivale a cerca de
R$ 25.800. No Brasil, o City LX com câmbio manual (versão de entrada) que não conta com freios ABS, tem preço sugerido de R$ 56.210.


Mesmo lembrando que Brasil e México possuem um acordo comercial que isenta a cobrança de impostos de importação, fica a pergunta:
Como é possível um carro fabricado no Brasil ser vendido, com lucro, por menos da metade do preço em outro país?

Fonte:
http://carplace.virgula.uol.com.br/honda-city-brasileiro-e-lancado-no-mexico-com-preco-inicial-de-r-25-800-como-e-possivel/
 
E não é só imposto o lucro exorbitante das montadoras no Brasil, as vendas em nosso país alivia as perdas que têm em outros mercados mais concorridos e exigêntes.


Continua tudo igual, somos os colonizados, temos que trabalhar e fechar o bico.

Os brasileiros pagam para sustentar a corrupção de políticos safados e o luxo dos empresários europeus, yaques e japoneses. 

CONTINUEMOS vendo NOVELA!!!!!!!

                                         
 
TEM UM JEITO MUITO SIMPLES DE DERRUBAR A LONA DESTE CIRCO.
VAMOS  TODOS FICAR UM ANO SEM COMPRAR CARRO ZERO.
 
GENTE!

VAMOS  DIVULGAR AMPLAMENTE ESTA MENSAGEM  E  ADERIR MACIÇAMENTE A  ESTA PROPOSTA.  
 
ESTA VERGONHA SÓ CONTINUARÁ SE O POVO BRASILEIRO QUISER.
SÓ DEPENDE DE NÓS !!!!!!!!

domingo, 29 de maio de 2011

O Acre e a “cobiça” do Bolivian Syndicate

Jarbas Passarinho*

Amazônia foi-nos um legado recebido de Portugal, consolidado nas lutas travadas durante dois séculos, mas a ultimação da expansão territorial para o Oeste veio a dar-se já na República, no Século XX.

A obra clássica 'A conquista do deserto ocidental', de Craveiro Costa, que trata da epopéia do Acre, mostra como a Independência do Brasil 'nos surpreendeu sem as suas fronteiras demarcadas, por um ato diplomático juridicamente válido'.

Cessadas as hostilidades militares luso-espanholas, sobreveio o tratado de Santo Ildefonso, de 1º de outubro de 1777, que pretendia fosse a fronteira amazônica traçada pelos rios Guaporé e Mamoré, até o ponto médio do rio Madeira e daí por uma linha reta que alcançaria a margem oriental do Javari.

A divergência sobre as reais nascentes do rio Javari, para definir a margem oriental, cria outra questão que impede a demarcação consensual da fronteira agravada por pretensões territoriais peruanas, e a inconformação dos vizinhos pela proibição da navegação internacional do rio Amazonas.

A pendência mantém-se no Primeiro Reinado e no Segundo, quando, estando o Brasil em guerra com o Paraguai, assinamos o Tratado de Ayacucho, de 27 de março de 1867, logo aprovado pelo Congresso boliviano, e pelo qual o Brasil reconhecia o Acre como território boliviano, o que vai ser vital para o Tratado de Petrópolis, de 17 de novembro de 1903.

Em 1868, a melhor carta do território brasileiro era o Atlas do Império do Brasil, onde o Acre e seus principais afluentes e vizinhos - como ensina Hélio Viana - não figuravam, pois em 1867 juridicamente o Acre era boliviano. Eram terras desabitadas, embora habitadas por seringueiros brasileiros e nas quais não existiam nem bolivianos nem peruanos. O governo federal do Brasil sempre reconheceu a soberania da Bolívia sobre essa região.O Império brasileiro consentiu que a Bolívia instalasse um posto alfandegário no Acre.

A decisão brasileira agravou os ressentimentos dos seringueiros acreanos. Tomaram Puerto Alonso, sede do porto alfandegário, que os bolivianos retomaram e voltaram a perdê-lo, na aventura de Galvez, fundando a República do Acre, prontamente repelida pelo governo brasileiro.

Os ânimos exaltaram-se quando os brasileiros tomaram conhecimento de que a Bolívia houvera, através de Felix Aramayo, ministro plenipotenciário boliviano em Londres, fechado um acordo com uma Chartered Company, o Bolivian Syndicate, com direito a forças terrestres, navais e policiais, ficando a Bolívia com 60% dos resultados econômicos do arrendamento e a Companhia com 40%.

A Grande Enciclopédia Delta Larousse, cujo editor foi Antônio Houaisse, informa que o Brasil tentou conseguir que a Bolívia rescindisse o contrato. Não sendo atendido, teria aplicado represálias.

Os seringueiros e sindicalistas alarmaram-se receando ter de enfrentar forças superiores. Plácido de Castro, que tinha experiência das lutas no Rio Grande do Sul, entre maragatos e chimangos, liderou-os, venceu sucessivamente os militares bolivianos sediados no Acre e chegou a penetrar em território boliviano, batendo as vanguardas do exército comandado pelo general Manuel Pando, presidente da Bolívia que se dirigia ao Acre, para retomar terras que o governo brasileiro considerava 'indubitavelmente bolivianas', desde o Tratado de Ayacucho.

Plácido de Castro só suspendeu as operações contra o exército de Pando, quando soube do modus vivendi que o Barão do Rio Branco negociava com o governo boliviano. Mestre Hélio Viana, em seu clássico História das Fronteiras do Brasil, assim se expressa: 'Ocupava o Barão do Rio Branco a pasta das Relações Exteriores, quando chegou a ponto de crise a questão da ocupação por seringueiros brasileiros da região do rio Acre e vizinhos, numa zona que, apesar desse espontâneo povoamento, legalmente pertencia à Bolívia, de acordo com os tratados de 1777 e de 1867, aquele celebrado entre Portugal e Espanha, o segundo entre o Império do Brasil e aquela república sul-americana.

O barão encontrou o caso do Acre eletrizado pela paixão patriótica. Procedeu de imediato a um balanço das várias questões relacionadas com o problema. Verificou, ao primeiro exame, que só uma solução se impunha, urgente e inadiável: tornar brasileiro todo o território habitado pelos nossos nacionais, mediante a sua aquisição'.

Qual o papel desempenhado pelo Bolivian Syndicate? Militarmente, nenhum. Ainda estava se organizando no estrangeiro, com capitais ingleses e norte-americanos, entre estes de um filho do presidente dos Estados Unidos, Theodore Roosevelt. Representava perigo, não só para o Brasil mas para a América Latina por ser um enclave colonialista.

O embaixador Assis Brasil, nos Estados Unidos, neutralizou o Bolivian Syndicate negociando indenização de 100 mil libras esterlinas, por 'despesas já feitas', o que ajudou a complementar o Tratado de Petrópolis, de 1902, obra do Barão do Rio Branco, pelo qual o Brasil adquiriu o Acre, por 2 milhões de esterlinos, ressarcidos em três ou quatro anos de exportação de borracha, adicionando ao nosso território 181 mil quilômetros quadrados.

Como justificar, pois, perante a história, que o Boliivian Syndicate cobiçava tomar do Brasil o Acre, se ele era reconhecidamente boliviano? A companhia anglo-americana seria mais um escudo de proteção que desastradamente a Bolívia arrendava, receosa do expansionismo do Brasil.



* Jarbas Passarinho é ex-governador do Pará, ex-senador e ex-ministro do Trabalho, da Educação, da Previdência e da Justiça.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Hegemonia em declínio e subversivismo no Governo da FPA (POR ISRAEL SOUZA)



            Israel Souza, Bacharel em Ciências Sociais e Metre em Desenvolvimento Regional (UFAC)

As urnas nos deram “um recadinho”, disse Jorge Viana recentemente, num comentário sobre o resultado das últimas eleições. A nosso vê, porém, as urnas mostraram algo mais sério: o declínio da hegemonia do Governo da Frente Popular do Acre (FPA).
Como se sabe, a FPA chega ao poder estatal quando, por força do acirramento dos conflitos sociais, os representantes políticos das oligarquias já não podiam assegurar a manutenção de seus interesses. Os “conturbados” governos de Edmundo Pinto (1991-1992), Romildo Magalhães (1992-1994) e Orleir Camely (1995-1998) davam claros sinais disso.
À testa das forças progressistas que foram gestadas durante os “anos de chumbo”, eleição após eleição, o PT foi crescendo e se consolidando como um grande partido. Bem articulado no âmbito da “sociedade civil” (grêmios estudantis, associação de moradores, sindicatos, ONGs, CEBs etc.), chegou, enfim, ao governo estadual liderando a FPA. Dessa forma, ele pôde aliar a influência que exercia sobre a “sociedade civil” com o poder estatal recém-conquistado. Contudo, contrariando a esperança daqueles anos, ele opta por fazer o que as antigas forças políticas, sozinhas, não podiam fazer. Garantiu a manutenção dos interesses das oligarquias - e de capitais estrangeiros - em condições favoráveis.  
Fundamental foi a influência sobre a “sociedade civil”. Dela, o governo estimulou e cooptou vários setores. Os recalcitrantes foram isolados ou submetidos a um contínuo e ostensivo patrulhamento. Durante alguns anos, as forças governistas foram relativamente bem-sucedidas nesta empresa. É bem verdade que nunca suplantaram as resistências, nem poderiam, mas também nunca passaram susto ou aperto. Nesse sentido, o atual quadro político traz algumas novidades.     
Em dias recentes, vimos o paralelismo de protestos e reivindicações na saúde, na segurança e na educação, áreas vitais das políticas de governo e que envolvem amplos segmentos do funcionalismo público. Tais mobilizações se somam a outras, como a dos movimentos do interior do estado. Estes envolvem a luta dos índios (não-apadrinhados do governo) pela demarcação de suas terras e por saúde; a luta de seringueiros e campesinos pelo apoio à produção e pela suspensão dos famigerados projetos de manejo.
Por certo, essas manifestações não são de hoje. Todavia, elas estão se tornando cada vez mais comuns e intensas. Ousamos afirmar que estamos em face de ensaios de outra “cultura política” em nosso estado. Mobilizações e protestos não apenas sem o PT, mas contra o PT. Ou, mais precisamente, contra os interesses e projetos que hoje ele encarna no governo.  
É prematuro dizer se isso vai vingar e em que direção vai seguir. Afinal, trata-se de um rico e diverso conjunto de movimentos cuja “radicalidade” ou “moderação” varia caso a caso. Movimentos fragmentados, pouco articulados e sem coloração ideológica precisa. Daí a opção por chamá-lo “subversivismo”, expressão colhida em Gramsci e usada a nosso modo. Importa destacar, no entanto, que ele emerge na cena histórica com certa força, expressando e se alimentando do declínio da hegemonia da FPA. Coisas de antropofagia política. A força de uns se alimenta da fraqueza de outros.
O surgimento de canais de comunicação alternativos (sobretudo, blogs) faz parte e dá sustentação e visibilidade a esse subversivismo. Embora simples, são meios com significativa influência na sociedade. Chegam mesmo a pautar os meios de comunicação convencionais, apesar do autoritarismo governamental e do servilismo da imprensa.
A força de que hoje gozam esses meios é outra expressão daquele declínio. As pessoas que deles se servem são, em geral, formadoras de opinião. Procuram neles as notícias que a imprensa convencional não divulga. Buscam espaços para emitir opiniões e fazer denúncias.
“Uma mentira dita muitas vezes se transforma em verdade”? Sim. Mas somente onde e quando a realidade não grita, a plenos pulmões, coisa em contrário. Por isso o descrédito dos meios de comunicação convencionais no estado e, conseguintemente, a justificação cada vez mais limitada que podem dar ao governo. A quem ainda convencem as pesquisas que o governo divulga de si mesmo? Bem sabem da realidade aqueles que usam transporte coletivo, que recorrem à saúde pública, que precisam de segurança etc.     
Isso não seria supervalorizar o cenário atual? Não. O que estamos fazendo é apontar para o que subjaz a ele. Um exemplo para ilustrar.
Dê o governo um aumento salarial aos militares. Não precisa ser os 117% de reposição que eles reclamam. Que seja algo modesto, desde que eles o entendam como uma vitória substantiva. Feito isso, e os militares voltam às ruas, para vigiar os movimentos com que se aliançaram e para garantir a manutenção da ordem.
O mesmo vale para os demais segmentos do funcionalismo público. Ganham aumento, e já voltam à rotina e ao corporativismo de sempre. A atuação do sindicato da educação é exemplar a esse respeito. Faz greves, como de direito, e prejudica o ano letivo. Ganha algum e volta às aulas. Mas é incapaz de apoiar efetivamente a luta dos alunos pela diminuição do preço da passagem de ônibus, preferindo agir de acordo com os ditames do governo. 
Dentre outras coisas, é isso que faz com que os movimentos do interior tenham uma luta potencialmente mais emancipatória que a destes grupos. Todavia, é mister ressaltar que, em luta, tais grupos desnudam e afrontam o despotismo estatal. Em suas manifestações, da dos militares à dos estudantes, é possível ver, ao lado das reivindicações pontuais e específicas, críticas mais gerais. Estas dizem respeito à corrupção, ao autoritarismo, à privatização e à devastação da floresta, para citar apenas algumas.
A visão que manifestam sobre essas coisas não cessará com a paralisação dos protestos. E, se a estes se seguir um silêncio, isso não se traduzirá em apoio ao governo. No caso dos militares, por mais que o governo assuma uma postura humilde e generosa, a oposição continuará por força da liderança do deputado estadual que representa a categoria, ainda que em outra escala e sob outras formas. Permanecendo as coisas como estão, não há motivos para duvidar que os militares sigam sua liderança no apoio às forças oposicionistas.       
A difícil relação com a Assembleia e com o Judiciário pode significar mais problemas ainda. Grosso modo, na Assembleia, o governo conta hoje com uma bancada que não inspira confiança, bancada ruim de tribuna. O presidente do Tribunal de Justiça (desembargador Adair Longuini) disse recentemente que o Executivo não contaria com o Judiciário “ajoelhado nas escadarias do Palácio do Governo”. Nada de mais, é verdade. Mas também nada de menos.
Mais que qualquer um de seus companheiros e antecessores, Tião Viana está enredado em dificuldades. Tanto em relação às estruturas estatais quanto em relação à “sociedade civil”. No intuito de reverter o resultado desfavorável das últimas eleições e garantir uma vitória na capital ano que vem, ele faz um governo do tipo pragmático: o resultado é o que importa. E a coerção é a ferramenta mais à mão nesse momento. Tragicamente para ele, o uso de tal recurso tem por efeito deixar a dominação ainda mais explícita e intolerável, o que pode inflamar ainda mais o subversivismo.
Outro fator pesa negativamente na balança: a incógnita em torno do nome de quem concorrerá à prefeitura na capital ano que vem. Tendo crescido à sombra de três figuras, a FPA não viu surgir nenhuma liderança expressiva em seu seio nos últimos anos. Ademais, o debilitamento delas (das três figuras) nas últimas eleições mostra que já vai longe o tempo em que conseguiam eleger candidatos inexpressivos até para o Senado.  
Por tudo isso, sustentamos que o resultado das últimas eleições expressou uma insatisfação difusa na sociedade - presente inclusive entre certos setores dominantes descontentes com a política ambiental do governo - e que hoje alimenta o subversivismo aqui apontado. Alguns o atribuem à oposição, desconsiderando que a antiga direita não tem espírito para tanto. Em verdade, é o cansaço que cede lugar à indignação combativa.  
Destarte, tal subversivismo representa o declínio da legitimidade política da FPA, ainda que um declínio relativo, isto é, reversível. E talvez represente o crepúsculo de um domínio que já conta mais de uma década. Como dito em texto anterior (Eleições 2010: um olhar a partir “dos de baixo”), o perigo é a antiga direita - que tanto ou mais que o subversivismo tem crescido com o apequenamento da legitimidade da FPA - chegar ao poder estatal como salvação para os problemas que, sabemos, não serão resolvidos “por cima”.
A falar a verdade, não cremos que Jorge Viana ache mesmo que o resultado das últimas eleições seja apenas um “recadinho das urnas”. Acreditamos que, como sempre, apenas quis aparecer de moço bom e humilde. Se ele realmente crê nisso, tanto melhor para as forças que lutam por mudanças. A poesia diz o mais.

Aurora

Ferido pelos homens,
O tempo - antes tão sábio e paciente,
Tão impávido a seguir seu rumo e ritmo -
Anda instável e demente.
Ultimamente, escurece em hora qualquer.
O calendário caducou,
Seguido pelos relógios de pulso,
De parede e biológico.

Parece aproximar-se o crepúsculo.
Em tempos assim, aos que, ansiosos,
Aguardamos a aurora, não convém
Apenas encantar-se com o
Balé das chamas.
Ou simplesmente ter o fogo ao pé de si,
De modo a aquecer-se em seu calor fraternal.
Importa deitar lenha à fogueira.
Vigiemos. E venha o que vier.

sábado, 21 de maio de 2011

Floresta Amazônica - o caso fantástico de Roraima. (Viva os Gringos!!!!)

Segue abaixo o relato de uma pessoa que passou recentemente em um concurso público federal e foi trabalhar em Roraima. Trata- se de um Brasil que a gente não conhece..

As duas semanas em Manaus foram interessantes para conhecer um Brasil um pouco diferente, mas chegando em Boa Vista (RR) não pude resistir a fazer um relato das coisas que tenho visto e escutado por aqui.

Conversei com algumas pessoas nesses três dias, desde engenheiros até pessoas com um mínimo de instrução.

Para começar, o mais difícil de encontrar por aqui é roraimense. Pra falar a verdade, acho que a proporção de um roraimense para cada 10 pessoas é bem razoável, tem gaúcho, carioca, cearense, amazonense, piauiense, maranhense e por aí vai. Portanto, falta uma identidade com a terra.

Aqui não existem muitos meios de sobrevivência, ou a pessoa é funcionária pública, (e aqui quase todo mundo é, pois em Boa Vista se concentram todos os órgãos federais e estaduais de Roraima, além da prefeitura é claro) ou a pessoa trabalha no comércio local ou recebe ajuda de Programas do governo.

Não existe indústria de qualquer tipo. Pouco mais de 70% do território roraimense é demarcado como reserva indígena, portanto restam apenas 30%, descontando- se os rios e as terras improdutivas que são muitas, para se cultivar a terra ou para a localização das próprias cidades.

Na única rodovia que existe em direção ao Brasil (liga Boa Vista a Manaus, cerca de 800 km ) existe um trecho de aproximadamente 200 km reserva indígena (Waimiri Atroari) por onde você só passa entre 6:00 da manhã e 6:00 da tarde, nas outras 12 horas a rodovia é fechada pelos índios (com autorização da FUNAI e dos americanos) para que os mesmos não sejam incomodados.

Detalhe: Você não passa se for brasileiro, o acesso é livre aos americanos, europeus e japoneses. Desses 70% de território indígena, diria que em 90% dele ninguém entra sem uma grande burocracia e autorização da FUNAI.

Outro detalhe: americanos entram à hora que quiserem. Se você não tem uma autorização da FUNAI mas tem dos americanos então você pode entrar. A maioria dos índios fala a língua nativa além do inglês ou francês, mas a maioria não sabe falar português. Dizem que é comum na entrada de algumas reservas encontrarem- se hasteadas bandeiras americanas ou inglesas. 

É comum se encontrar por aqui americano tipo nerd com cara de quem não quer nada, que veio caçar borboleta e joaninha e catalogá-las, mas no final das contas, pasme, se você quiser montar uma empresa para exportar plantas e frutas típicas como cupuaçu, açaí, camu-camu etc., medicinais ou componentes naturais para fabricação de remédios, pode se preparar para pagar 'royalties' para empresas japonesas e americanas que já patentearam a maioria dos produtos típicos da Amazônia...

Por três vezes repeti a seguinte frase após ouvir tais relatos: Os americanos vão acabar tomando a Amazônia. E em todas elas ouvi a mesma resposta em palavras diferentes.. Vou reproduzir a resposta de uma senhora simples que vendia suco e água na rodovia próximo de Mucajaí:

'Irão não minha filha, tu não sabe, mas tudo aqui já é deles, eles comandam tudo, você não entra em lugar nenhum porque eles não deixam. Quando acabar essa guerra aí eles virão pra cá, e vão fazer o que fizeram no Iraque quando determinaram uma faixa para os curdos onde iraquiano não entra, aqui vai ser a mesma coisa'.

A dona é bem informada não? O pior é que segundo a ONU o conceito de nação é um conceito de soberania e as áreas demarcadas têm o nome de nação indígena. O que pode levar os americanos a alegarem que estarão libertando os povos indígenas. Fiquei sabendo que os americanos já estão construindo uma grande base militar na Colômbia, bem próximo da fronteira com o Brasil numa parceria com o governo colombiano com o pseudo objetivo de combater o narcotráfico. 

Por falar em narcotráfico, aqui é rota de distribuição, pois essa mãe chamada Brasil mantém suas fronteiras abertas e aqui tem estrada para as Guianas e Venezuela. Nenhuma bagagem de estrangeiro é fiscalizada, principalmente se for americano, europeu ou japonês, (isso pode causar um incidente diplomático). Dizem que tem muito colombiano traficante virando venezuelano, pois na Venezuela é muito fácil comprar a cidadania venezuelana por cerca de 200 dólares.

Pergunto inocentemente às pessoas:  porque os americanos querem tanto proteger os índios ?  A resposta é absolutamente a mesma, porque as terras indígenas além das riquezas animal e vegetal, da abundância de água, são extremamente ricas em ouro - encontram-se pepitas que chegam a ser pesadas em quilos), diamante, outras pedras preciosas, minério e nas reservas norte de Roraima e Amazonas, ricas em PETRÓLEO.

Parece que as pessoas contam essas coisas como que num grito de socorro a alguém que é do sul, como se eu pudesse dizer isso ao presidente ou a  alguma autoridade do sul que vá fazer alguma coisa.
É, pessoal... saio daqui com a quase certeza de que em breve o Brasil irá diminuir de tamanho.

Será que podemos fazer alguma coisa???

Acho que sim.

Repasse esse e-mail para que um maior número de brasileiros fique sabendo desses absurdos.

Mara Silvia Alexandre Costa
Depto de Biologia Cel. Mol. Bioag.Patog. FMRP - USP


Opinião pessoal:

Gostaria que você que recebeu este e-mail, o repasse para o maior número possível de pessoas. Do meu ponto de vista seria interessante que o país inteiro ficasse sabendo desta situação através dos telejornais antes que isso venha a acontecer.

Afinal foi num momento de fraqueza dos Estados Unidos que os europeus lançaram o Euro, assim poderá se aproveitar esta situação de fraqueza norte-americana (perdas na guerra do Iraque) para revelar isto ao mundo a fim de antecipar a próxima guerra.Conto com sua participação, no envio deste e-mail.

Celso Luiz Borges de Oliveira- Doutorando em Água e Solo FEAGRI/UNICAMP

terça-feira, 10 de maio de 2011

O oportunismo dos ex-governadores do Acre - aposentaria sem fim para quatro anos de trabalho.

A aposentaria mensal de 24 mil para ex-goveradores do Acre é uma vergonha para o nosso Estado. A extinção de tal vergonha era uma das causas das lutas da esquerda acreana.

Infelizmente o grupo político que há mais de dez anos dirige o Acre faz vistas grossas em relação a isso, como também faz em relação às indicações para Tribunal de Contas do Estado, que há muito merecia concurso público como meio de acesso. Mas a herança da ditadura permanece.

Para essas e outras causas, não tem políticos de esquerda e direita, todos são representantes da natureza egoísta humana, querem se dar bem. Não muda certas leis e certas imoralidades, por que se beneficiam delas. Muitos ex-comunistas, por exemplo, estão muito bem acomodados na companhia de empresários hoje em dia. Os trabalhadores é quem se lasquem.

Se o GOVERNO É DO POVO como diz a propaganda, que deixe o mesmo decidir sobre essa questão da Aposentadoria dos Ex-Governadores: PLEBISCITO JÁ!!!!!!!!!!

Quero ver quem tem a cara de pau de defender "ao vivo e a cores" o SIM para a aposentadoria (imoralidade legal). 


COMPANHEIROS!!!! CAMELIS, VIANAS, MELOS, MARQUES [...] chega!!!!  Se amam o Acre como dizem, deixem que o POVO decida sobre essa questão da aposentadora milionária para quatro anos de trabalho "forçado". Ou então, renunciem tal "direito".

PLEBISCITO JÁ!!!!!!!!!!

terça-feira, 3 de maio de 2011

O Direito do Amazonas ao Acre, por Ruy Barbosa


concursos na ufac, podemos confiar?

É LAMENTÁVEL E VERGONHOSO

Silvio Simione da Silva
Maria de Jesus Morais


Estamos vinculados à área de Geografia, na Universidade Federal do Acre, como professores com dedicação exclusiva, há aproximadamente 16 anos. Entramos aqui via aprovação em concurso, cuja banca era formada por professores com os quais não tínhamos nenhum vínculo. Até competimos entre nós e obtivemos a classificação de primeiro e segundo lugares, respectivamente. Por tudo isto, acreditamos que foi um processo de ampla lisura.

Porém, temos visto e vivido nos últimos 10 anos muitas situações que nos envergonham em decorrência das ações de bancas de concursos formadas por grupos de professores da área de Geografia. Nas conduções desses processos, por estes professores, a maioria se diz vinculada à Geografia Física, com exceções de alguns professores que estão afastados para pós-graduação, cargos no governo e ainda a competentíssima mestre Socorro Maia.

A realidade é que muitas vezes, em reuniões assistidas ou presididas pela chefia do Centro de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal do Acre (CFCH), têm sido marcados verdadeiros  “feudos” nesta área. Assim, articulam o “certame” de modo pouco confiável, a nosso ver, mas favorável à participação de seus amigos, ex-orientandos ou orientandos atuais.

Na verdade, isto é reforçado pelos editais que fazem distinção entre a “contratação/formação de banca”, e apenas a “formação de banca”; e ainda quando resguarda direito de decidir por área de contratação. O concurso é “apenas expectativas de vagas”; não basta ser aprovado, caberá à unidade acadêmica apontar quem deve ser contratado. 

Desse modo, o concurso passa a ser verdadeira “caixa-preta”, em que as bancas decidem, pela aprovação ou não, às vezes, “estrangulando” sonhos de vidas de muitos candidatos que se prepararam. Isso tem impedido a formação de um quadro docente mais qualificado para que a instituição possa dar passos mais largos. Resulta disso, por exemplo, a impossibilidade de implantação efetiva de pós-graduação na área.

Voltando ao fato, pode-se dizer que, sendo assim, cabe à unidade acadêmica, amparada amplamente nos itens que “regulamentam” o concurso, decidir pela contratação. Então, justifica-se uma área. Tendo maioria para decidir, decidem conforme a conveniência para o candidato preferido. Não se obedece critério de titulação, curricular ou mérito científico. Isso está acontecendo agora na Geografia.

Vejamos os fatos: no final do ano passado ocorreu um concurso para duas áreas: Geografia Física e Epistemologia da Geografia.

Para Epistemologia da Geografia o concurso seria para a “formação de banca”, conforme o edital. O processo transcorreu normal, com aprovação de dois candidatos mestres em Geografia e com experiência no ensino superior – pessoas vindas de outros estados, portanto desconhecidos daqui. Isso, embora que pelos currículos, notam-se a excelência dos candidatados. Dado este que atestamos, uma vez fizemos parte desta banca e não temos restrições em abri-las, se por acaso, for necessário.

Na área de Geografia Física, no primeiro momento, quando abriram as inscrições para mestres e doutores, apareceram vários candidatos acreanos e de diversos estados brasileiros. Muitos com experiências em práticas docentes e pesquisas em grandes universidades brasileiras. Todos ficaram reprovados.

O fato não é novidade, pois, nos últimos anos, pelo menos em três outros concursos, o “fenômeno” já havia acontecido. Quando abriu para graduados, então novos candidatos se inscreveram. Mesmo sendo em nível de graduação houve candidatos com mestrados, daqui e de outros estados. A maioria foi reprovada e foram aprovados apenas candidatos que possuem ou já possuíram vínculos de orientações ou amizades com membros do grupo de professores. O interessante é que, dos classificados aprovados, o único mestre ficou em terceiro lugar.

Assim, encerrou o certame. Foi, portanto, contratado de imediato um candidato da área de Geografia Física. Em abril de 2011 surgiu outra vaga para contratação. Embora as disciplinas da área de Epistemologia estivessem descobertas desde 2007, segundo informou o coordenador do curso, corporativamente, numa reunião da área com a chefia do CFCH, decidiu-se contratar o segundo classificado na área de Geografia Física e deixar a área de Epistemologia novamente descoberta.

Justificaram para tanto a maior carência de Geografia Física, fato que pode ser contestado, dado que é esta área que tem maior numero de professores em atividade. Cabe relembrar que também houve liberação pelo menos de um professor, desta área, para doutoramento sem indicar como seriam cobertas suas atividades, o que tem sido exigido para outros que não são tão próximo do referido grupo.

Para confirmar isto, no momento atual, foi aberto processo seletivo para vaga provisória na área de Epistemologia da Geografia. O curioso é que existe gente desse grupo que perpassou todos os certames (das bancas referidas) como membro de banca. Isso, numa prática de bancas, sempre reprovando candidatos que não se alinham a eles e aprovando candidatos com os perfis antes mencionados.

Seria isso mera coincidência? Isso me faz perguntar: será que é no Acre que produzimos o melhor nível de formação da Geografia Brasileira? Onde está a produção científica, destes que se acham acima do bem e do mal, para menosprezar candidatos daqui “não amigos” e do “restante” do Brasil?

Há, em tudo isso, parece-nos, manipulação pouco correta dos processos. Por muito tempo ficamos em silêncio, após discussões e desentendimentos internos, para não expor o nome da instituição e da Geografia. Mas ultimamente, vimos que a situação tende a piorar a cada dia. Não aceitamos que nossos nomes sejam expostos a este “mar de lama”.

Enfim, esta fama negativa sobre como ocorrem os concursos na Geografia da Universidade Federal do Acre já ultrapassou os limites dos muros da instituição. Já tem dimensão nacional. Para nós é lamentável, vergonhoso e nos causa ampla indignação.

Silvio Simione da Silva e Maria de Jesus Morais são professores do curso de Geografia, no Centro de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal do Acre