Localização
O Estado do Acre possui uma área de 152.589 km2 e equivalente a 1,79% do território nacional. É uma vasta depressão que se localiza na parte sudoeste da Amazônia, ocupando 301% de sua área, cobrindo aproximadamente 10 milhões de hectares de florestas tropicais.
Relevo
Do ponto de vista geomorfológico a região acreana é considerada como uma vasta planície (antiga classificação do relevo). Hoje, depressão, onde denominam as formas planas, por muitas vezes, tornando-se sensivelmente onduladas. A maior presença de ondulações são verificadas principalmente nos municípios de Tarauacá e Cruzeiro do Sul. Neste último a topografia é completamente diferente da que se observa nos demais municípios onde a dissecação do relevo não foi intensa, todavia, do ponto de vista alimentício, 63% da área da região estão entre as costas de 201 a 300 metros.
As maiores elevações do território acreano, são encontradas na zona ocidental, ou mais especialmente, na chamada Serra do Divisor, nas fronteiras com a República do Peru tem como ponto culminante a Serra do Moa, com 600 metros onde o relevo e a própria estrutura se modificam pela sua ramificação da Serra da Contamana, já pertencente a faixa sub andina.
O platô (planalto) acreano tem formação sedimentar com predominância de arenitos, não se apresentando a existência de rochas cristalinas.
De modo geral, os terrenos da região são constituídos por camadas de argila e areia quando muito de argilito pardo (rochas mais duras que as argilas comuns) e de camadas de arenito muito frágeis, parecendo-se muito mais com um banco de areia levemente endurecido. A falta de afloramentos rochosos tem acarretado o surgimento de vários problemas para os diretores de obras, que são obrigados a procurar outros processos para construir alicerces de casas de alvenaria ou mesmo, para calçar ruas e conservar piso nas estradas, até mesmo a canga (piçarra) que em algumas regiões têm substituído de modo razoável a pedra, existe em pequenas quantidades, sendo raro os afloramentos no Acre.
Os afloramentos de canga – piçarra, mais conhecido no território acreano foram verificados no curso da rodovia Plácido de Castro, aparecendo no município de Senador Guiomard.
Segundo o levantamento feito sobre recursos naturais do solo pelo Projeto Radam Brasil, a avaliação da capacidade natural média do uso da terra, para a atividade da lavoura e criação do gado sem pasto plantado, é resultante da interação dos fatores solos, clima e relevo, que a reagirem vão refletir o seu potencial quanto a essas atividades. Observa-se, no entanto, que várias culturas adaptadas a altos excedentes hídricos, podem ser ai instaladas com êxito, desde que as condições edáficas sejam adequadas. Tal é o caso arroz, milho, mandioca, banana e abacaxi.
No Estado do Acre, predominam três unidades geomorfológicas que são Planície Amazônica, Depressão Rio Acre – Rio Javari e Planalto Rebaixado da Amazônia (ocidental). A maior área é ocupada pela Depressão Rio Acre – Rio Javari.
Clima
O estado do Acre, no extremo ocidente da Amazônia brasileira, apresenta-se com um clima caracterizado pelas altas temperaturas e elevados índices pluviométricos. Esta constância termo pluviométrica é modificada pela invasão de ar polar que ocorre durante o inverno austral, concorrendo para a instalação de um período seco na maior parte do território e para o decréscimo de temperatura, originando o fenômeno conhecido como “friagem”.
O regime térmico na área é regido pelas penetrações da massa de ar polar definido (massa Polar Atlântica), o período menos quente e pouco chuvoso de maio a setembro, em contraposição ao período quente chuvoso de outubro a abril, quando o domínio atmosférico aos sistemas tropicais: massa Equatorial Continental e massa Tropical Continental.
Vegetação
A vegetação acreana pertence ao conjunto da Região Norte, onde predomina a floresta amazônica perene. Essa floresta, foi denominada por Humboldt de “Hiléia”, cujos limites ultrapassam o território brasileiro (Amazônia Internacional).
Na maior floresta do mundo, o solo é só o lugar onde as árvores se apoiam fisicamente, nada mais, retirada a capa verde, a terra não tem força para reerguer sozinha uma nova mata (mata secundária). A Amazônia só existe porque chove muito na região. Metade dessa chuva vem do Oceano Atlântico através da migração de massas de ar intensificadas pelos ventos alísios.
Outra metade resulta da evaporação do suor da floresta, um fenômeno que os especialistas chamam de evapotranspiração. Na Amazônia fica evidente a um paradoxo, ela é extremamente grande em heterogeneidade, no entanto tem um número pequeno de cada espécie, a principal explicação para a existência de tanta diversidade é a Teoria dos Refúgios Florestais, que nos últimos 100.000 anos, o planeta sofreu vários períodos de glaciação, em que as florestas enfrentaram fases de seca ferozes.
No Acre, o extrativismo vegetal, desde o início de sua ocupação, até os dias atuais vem se destacando como uma das principais atividades econômicas, favorecida pela vegetação natural, rica em espécies vegetais. Na mata de terra firme sobressaem: castanheira, madeira de lei, guaraná, mogno, cedro, pau-rosa e outras; na mata de várzea: seringueira, pau-mulato, samaúma e outras e finalmente na mata de igapó: açaí, vitória régia, arapari, mamorana e outras.
Hidrografia
A hidrografia acreana, faz parte da grande bacia hidrográfica amazônica. É representada pelos rios Purus e Juruá, estes situam-se a margem direita do rio Amazonas (Solimões).
Os rios que formam a rede hidrogáfica acreana podem ser considerados inteiramente de planície, já que suas bacias acham-se instaladas sobre as terras do platô terciário amazônico.
A Bacia do Juruá é composta: Moa, Juruá-Mirim, Juruá, Liberdade, Tejo, Gregório, Tarauacá, Envira e outros.
A Bacia do Purus é composta: Acre, Iaco, Chamdless, Purus, Abunã, Antimari, Xapuri e outros.
Os nomes dos rios Juruá e Purus são de origem indígena. O nome Purus vem dos índios purupurus que habitavam às suas margens. Juruá é uma derivação do nome Yurá, usado pelos indígenas que habitavam às suas margens. Os rios acreanos são formados por águas brancas , mas possuem uma água toldada e barrenta. São considerados rios novos (idade) mas velhos quanto ao percurso, ricos em sais minerais, após as vazantes refertilizam as suas margens, funcionando como um corretivo do solo para a prática da agricultura de subsistência por parte dos ribeirinhos.
Economia
Agricultura: mandioca, milho, feijão
Pecuária: bovinos, suínos
Indústria: produtos alimentares
Construção civil: madeira e mobiliário
Dados Geográficos
Localização: o Acre fica no extremo oeste da região Norte
Área: 153149,9 km2
Relevo: depressão na maior parte do território; planície estreita ao Norte.
Rio principais: Juruá, Xapuri, Purus, Tarauacá, Muru, Embira, Acre.
Vegetação: Floresta Amazônica.
Clima: Equatorial
Municípios: 22
Divisão Regional do Acre
O Estado do Acre está divido em duas mesoregiões: a mesoregião do Vale do Purus e a mesoregião do Vale do Juruá.
Mesoregião do Vale do Purus - Compreende as microregiões de Rio Branco, Brasiléia e Sena Madureira.
Microregião de Rio Branco: Rio Branco, Senador Guiomard, Plácido de Castro, Bujari, Porto Acre, Acrelândia e Capixaba. Microregião de Brasiléia: Brasiléia, Assis Brasil, Epitaciolândia e Xapuri Microregião de Sena Madureira: Sena Madureira, Manuel Urbano e Santa Rosa
Mesoregião do Vale do Juruá:
Compreende as microregiões de Cruzeiro do Sul e Tarauacá
Microregião de Cruzeiro do Sul: Cruzeiro do Sul, Mâncio Lima, Porto Walter, Marechal Thaumaturgo e Rodrigues Alves. Microregião de Tarauacá: Tarauacá, Jordão e Feijó
Setores da Economia
a) Setor primário
O extrativismo continua sendo uma das principais atividades econômica do Estado, contudo a introdução da atividade agrícola no Estado do Acre ocorreu tardiamente, em função da exploração do espaço estar voltado para o extrativismo da borracha.
Em 1970, no governo Vanderlei Dantas instala uma política pecuarista para o Estado, sob o slogan “Produzir no Acre, investir no Acre e exportar pelo Pacífico”. Paraíso para os fazendeiros, inferno para os seringueiros/posseiros que migram intensamente para as cidades. Também nesse período o INCRA e a EMATER reorganizam a agricultura implantando núcleos de colonização (PAD’s), Projeto de Assentamento Dirigido. Incentivam a plantarem culturas permanentes, além daquelas destinadas a subsistência. Sendo hoje, o RECA, a expressão mais forte desse setor ao lado dos pólos agroflorestais (cupuaçu, pupunha e castanha são produtos principais no RECA).
b) Setor Secundário
Para promover o desenvolvimento industrial o governo do Estado, criou em 1975, a CODISACRE, em 1976, ela cria a Distrito Industrial de Rio Branco, que compreende uma área de 232 ha, localizada no km 5 da BR 364. Muito embora o Distrito Industrial tenha sido criado para fomentar a instalação de novas indústrias, observa-se um tímido crescimento de estabelecimentos industriais. Este fato pode estar relacionado à infra-estrutura existente e ao baixo investimento no setor.
c) Setor Terciário
Este setor é o que mais cresce, no entanto o comércio local está atrelado ao pagamento de Governo Federal/Estadual/Municipal, o que limita o poder de aquisição deste mercado consumidor, outro aspecto negativo é a avassaladora presença da economia informal, fruto das dificuldades na conquista de um emprego, o “subemprego toma conta do pedaço”, aumentado a não arrecadação dos impostos.
7 comentários:
MUITO BOM ESTE RESUMO, BEM ESCLARECIDO E FÁCIL DE ENTENDER MUITO OBRIGADO.
show de bola
Um bom resumo, porém há incoerência referente a área do estado, no primeiro parágrafo é mencionado 152.589 km² e nos dados geográficos consta 153.149,9 km2. Requer retificcação das informações.
ótimo, bem resumido mas coerente.
Muito bom mesmo escaresse muita dúvida.
Amei, como faço para comprar seus livros
Muito bom excelente texto.
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