Por Alcidark Costa
Professor História Substituto na Universidade Federal do Acre – UFAC
O pluralismo e a dinâmica da
sociedade tem conduzido vários especialistas da educação à inúmeros debates,
que por sua vez, tem proporcionado, ao longo das ultimas décadas, profundas
reflexões e propostas transformadoras na dimensão pedagógica, e porque não
dizer, cultural, social e estética da escola.
O avanço cada vez mais acentuado
de uma sociedade de consumo, pautada pela ética capitalista e pela dinâmica do
mundo do trabalho, tem conduzido a escola cada vez mais ao pragmatismo da
formação de “máquinas” de respostas de questões de vestibular, proporcionando
assim, ao ensino de História, uma disciplina estática, presa a velhos
paradigmas de conteúdos que privilegiam a abordagem factual e de narrativas
políticas, de grandes feitos (guerras, conquistas), bem como de grandes homens
(militares, estadistas).
Com efeito, esta realidade tem
proporcionado frustrações de ambos os lados – do professor que se sente
desmotivado diante da falta de interesse do aluno e, deste, que não consegue
encontrar respostas para uma simples pergunta, para que serve isto?
A reflexão e a sugestão de novas
abordagens do ensino de história não significa reduzir o peso da importância
dos conteúdos, afinal, o bom professor é aquele que domina os conteúdos da
disciplina assim como os conceitos pedagógicos, trata-se de tentar buscar um
caminho de ruptura, sem prejuízo dos conteúdos, de velhos paradigmas que
conduzem o ensino de história a um anacronismo histórico.
Ademais, buscar estabelecer uma
abordagem que proporcione ao educando uma concepção da história enquanto uma
relação entre passado e presente como processo de construção da sociedade, com
valores, costumes e tradições historicamente determinados, bem como a
compreensão de si mesmo como sujeito deste processo.
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