segunda-feira, 25 de novembro de 2013

ANACRONISMO HISTÓRICO DO ENSINO DE HISTÓRIA NA SALA DE AULA


Por Alcidark Costa
Professor História Substituto na Universidade Federal do Acre – UFAC


O pluralismo e a dinâmica da sociedade tem conduzido vários especialistas da educação à inúmeros debates, que por sua vez, tem proporcionado, ao longo das ultimas décadas, profundas reflexões e propostas transformadoras na dimensão pedagógica, e porque não dizer, cultural, social e estética da escola.

O avanço cada vez mais acentuado de uma sociedade de consumo, pautada pela ética capitalista e pela dinâmica do mundo do trabalho, tem conduzido a escola cada vez mais ao pragmatismo da formação de “máquinas” de respostas de questões de vestibular, proporcionando assim, ao ensino de História, uma disciplina estática, presa a velhos paradigmas de conteúdos que privilegiam a abordagem factual e de narrativas políticas, de grandes feitos (guerras, conquistas), bem como de grandes homens (militares, estadistas).

Com efeito, esta realidade tem proporcionado frustrações de ambos os lados – do professor que se sente desmotivado diante da falta de interesse do aluno e, deste, que não consegue encontrar respostas para uma simples pergunta, para que serve isto?

A reflexão e a sugestão de novas abordagens do ensino de história não significa reduzir o peso da importância dos conteúdos, afinal, o bom professor é aquele que domina os conteúdos da disciplina assim como os conceitos pedagógicos, trata-se de tentar buscar um caminho de ruptura, sem prejuízo dos conteúdos, de velhos paradigmas que conduzem o ensino de história a um anacronismo histórico.

Ademais, buscar estabelecer uma abordagem que proporcione ao educando uma concepção da história enquanto uma relação entre passado e presente como processo de construção da sociedade, com valores, costumes e tradições historicamente determinados, bem como a compreensão de si mesmo como sujeito deste processo.
  



Nenhum comentário: