sexta-feira, 19 de junho de 2009

MORAIS, Maria de Jesus. "ACREANIDADE": invenção e reinvenção da identidade acreana.

MORAIS, Maria de Jesus. "ACREANIDADE": invenção e reinvenção da identidade acreana. (TESE DE DOUTORADO\UFF) Maria de Jesus Morais é professora vinculada ao Centro de Filosofia e Ciências Humanas da UFAC.
RESUMO
Esta tese discute a construção de uma certa identidade acreana, protagonizada pelo executivo estadual a partir de 1999. A acreanidade é aqui discutida, pelo seu viés geográfico, ou seja, o das identidades territoriais. As identidades territoriais são aquelas identidades construídas tendo como referencial o território. Isso significa dizer que a acreanidade é discutida em duas dimensões: a histórica e a geográfica. A dimensão histórica está ancorada em uma memória coletiva, que também é construída, na qual são encadeados três eventos históricos (a Revolução Acreana, o Movimento Autonomista e o Movimento Social de Índios e Seringueiros no Acre). Já a dimensão geográfica está ancorada nos “espaços de referência identitária” que obviamente também são construídos/selecionados. Ao longo da tese é destacado os processos discursivos que inventam e reinventam o Acre e os acreanos, ou seja, os discursos fundadores e re-fundadores. É destacado também a criação dos “espaços de e da memória” e a “escolha” de alguns espaços de referência identitária. Os “espaços de e da memória” re-construídos constituem também um discurso territorial. As intervenções territoriais são discursos em ação, “expressões materiais” de uma certa concepção de cidade. Nesse sentido se discute a patrimonialização das cidades de Rio Branco, Porto Acre e Xapuri. A identidade acreana é, portanto, discutida como constructo, aberta a múltiplas reconstruções, para a qual são sempre acionados os eventos e lugares que possam contribuir com maior sucesso para a re-afirmar a identidade em construção.

Nenhum comentário: