O Acre testemunhou dois momentos históricos fundamentais para a sua colonização, ambos relacionados à extração da borracha, sendo o segundo patrocinado pelos Estados Unidos da América que, na Segunda Guerra Mundial, através dos Acordos de Washington, encontrou, no Brasil, a fonte do látex, matéria prima necessária para a produção bélica, uma vez que a Malásia, fornecedora, até então, não mais o fazia por imposição do governo japonês, que tomou seus campos de produção. Esse processo migratório campanhista levou aos seringais amazônicos, no início da década de 40 do século passado, mais de 75 mil jovens, que trocaram a seca do sertão nordestino pela úmida e tropical Floresta Amazônica, enfrentando dificuldades de adaptação dramáticas, atestadas pela morte de cerca de 25 mil Soldados da Borracha, ao final da guerra. O objetivo foi o de resgatar as memórias e histórias sobre o cuidado da saúde desses brasileiros que foram submetidos a vulnerabilidades e traumas culturais, sociais, familiares e de saúde, em prol de acordo que rendeu ao governo brasileiro pouco mais que o Banco da Amazônia e a Usina de Aço de Volta Redonda (RJ). O estudo foi quali-quantitativo, através de entrevistas, gravadas e transcritas, de trabalhadores procedentes do Nordeste que atuaram nos seringais da Amazônia, e que migraram para a capital do Acre, Rio Branco, entre as décadas de 40 e 60. Para análise das entrevistas foi utilizada a técnica do Discurso do Sujeito Coletivo,por meio do programa QualiQuantiSoft®. Os relatos mostraram situações de desamparo e descreveram a luta pela sobrevivência diante das adversidades desses homens e mulheres que, se hoje estão disponíveis para relatar esses fatos, provavelmente ainda o fazem por terem se transformado, em algum momento logo após a chegada, em amazônidas ... Baixe para ler o restanete!!!
terça-feira, 2 de outubro de 2012
NEGREIROS, Marcelus. Trajetória e memórias sobre a saúde de soldados da borracha em seringais do Acre
O Acre testemunhou dois momentos históricos fundamentais para a sua colonização, ambos relacionados à extração da borracha, sendo o segundo patrocinado pelos Estados Unidos da América que, na Segunda Guerra Mundial, através dos Acordos de Washington, encontrou, no Brasil, a fonte do látex, matéria prima necessária para a produção bélica, uma vez que a Malásia, fornecedora, até então, não mais o fazia por imposição do governo japonês, que tomou seus campos de produção. Esse processo migratório campanhista levou aos seringais amazônicos, no início da década de 40 do século passado, mais de 75 mil jovens, que trocaram a seca do sertão nordestino pela úmida e tropical Floresta Amazônica, enfrentando dificuldades de adaptação dramáticas, atestadas pela morte de cerca de 25 mil Soldados da Borracha, ao final da guerra. O objetivo foi o de resgatar as memórias e histórias sobre o cuidado da saúde desses brasileiros que foram submetidos a vulnerabilidades e traumas culturais, sociais, familiares e de saúde, em prol de acordo que rendeu ao governo brasileiro pouco mais que o Banco da Amazônia e a Usina de Aço de Volta Redonda (RJ). O estudo foi quali-quantitativo, através de entrevistas, gravadas e transcritas, de trabalhadores procedentes do Nordeste que atuaram nos seringais da Amazônia, e que migraram para a capital do Acre, Rio Branco, entre as décadas de 40 e 60. Para análise das entrevistas foi utilizada a técnica do Discurso do Sujeito Coletivo,por meio do programa QualiQuantiSoft®. Os relatos mostraram situações de desamparo e descreveram a luta pela sobrevivência diante das adversidades desses homens e mulheres que, se hoje estão disponíveis para relatar esses fatos, provavelmente ainda o fazem por terem se transformado, em algum momento logo após a chegada, em amazônidas ... Baixe para ler o restanete!!!
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